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“Welcome to the most ancient conspiracy on the planet. We’ve gone for so long now that we don’t remember what we were doing, but we don’t want to stop because we have nothing better to do.” - Fire Elemental

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25.8.04

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"O homem que evita dúvidas nunca encontrará certezas" - Raphael Gancz



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Bela-Parrachianismo

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Bela-Parrachia, Vida e Morte dos Mitos

Apócrifos Cabalísticos

Introdução
1. Bela-Parrachia e a Linguagem
2. Sobre o Criador
3. Arroz e o Mito
4. A Espontaneidade e o Caos Ordenado
5. Espaço, Tempo e a Felicidade
6. Ritual da Autodestruição
7. A Deriva e o Errantismo Parrachiano
8. A Virtude da Loucura
9. Usando o Vivido, Não se Vive, se Usa
10. A Raiva e os Sentimentos
11. A Família Parrachiana e a Guerra da Doença Contra a Natureza
12. A Maldição que Salvou Vidas
13. Mapa da Felicidade
14. A Vida dos Gansos e o Culto ao Lúdico
15. Sobre o Suicídio Místico
16. Epilogo (diário de Von Darsê)

Introdução

Bela-Parrachia , 10 de julho de 56 D.V (correspondente a 153 d.c)

Sou um eremita da seita mais conhecida como Bela-Parrachia, chamam-me hoje de Von Darsê, somos um grupo de pessoas obstinadas a querer saber em que acreditar, mas nada acreditamos, melhor dizendo, acreditamos nas respostas que encontramos durante um tempo mas sabemos que respostas nunca são verdades. Vivemos como errantes rodando por esse mundo, a procura de respostas que escreveremos sempre a carvão, assim até mesmo o vento poderá apaga-las. Von-Darsê sempre foi fiel sua cultura, mesmo que fidelidade aqui não signifique respeito a tradição, nem mesmo concordância. Nascida na terra do sol nascente sempre a magia e os sonhos fizeram parte dos seus cultos incultos. Vou contar-lhes então algumas historias que aconteceram conosco para que possam compreender melhor a nossa seita tão religiosamente pagã.

1-Bela-Parrachia e a Linguagem.

Espíritos “nômades” vagaram muito tempo, pelas mais diversas terras inabitadas e mórbidas, alegres e ensolaradas, entre essas ja tinham passado uma vez por uma cidade chamada Swan-Tao, a muito, muito tempo....
O povo dessa cidade não podia se lembrar bem, aquele povo ja era agitado demais, vivam em função do futuro, não tinham tempo para lembrar o passado, tampouco o presente. Os espíritos voltaram a aparecer na cidade de Swan-Tao de modo tão espontâneo que chocaram as pessoas desprecavidas, um espirito chamava demasiada atenção, esse espirito era mais conhecido por Von Darsê, um eremita “solitário” da seita Bela-Parrachia.
O povo em Swan-Tao falava tanto do acontecimento que nada comunicava, sua linguagem era pura verborragia, a alma deste povo era fraca, talvez consumida demais pelas excentricidades sadomisticas do mundo moderno, sua linguagem era tão rica, sua língua tão bem escrita que nada comunicava, intrigado pela linguagem harmoniosamente brilhante dos Bela-Parrachia, um sujo e nobre camponês resolve perguntar a Von Darsê :
- O que precisamos para dizer como dizes? Comunicar como comunicas? Ser o que sois?
- Precisardes antes de mais nada serdes sexualmente ativos, assim não precisaras mais gaguejar a um instinto reprimido, não precisais de linguagens tão complexas quanto a complexidade que não alcanças por estardes tão presos e cansados como mortos. Palavras são palavras, olhe em meus olhos e veja além...

O jovem compreenderá a mensagem, olhará não só para os olhos de Darsê mas também para seus gestos, a velocidade de sua fala, sua movimentação labial, e começou a compreender o que nunca havia compreendido.
- Posso ver não só teus movimentos, como teus sentimentos, mas como posso ser livre? Como posso gozar do livre sentido do nonsense ?
O sábio ficou parado observando o jovem conseguir sua própria resposta....
O jovem olhou para o chão então e pode ver uma formiga que batalhava para levar um pequeno pedaço de arroz para tua casa, o jovem pegou teu arroz naquele momento, observou-o e disse:
- Todos somos grandes, todos devemos ser um pouco abusados e nunca humildes demais, devemos ser naturais e espontâneos (e comeu o pedaço de arroz). Eu hoje desejo sangue, desejo com inocência, desejo acima de tudo arroz.
Disse tudo com um sorriso altamente natural no rosto enquanto bebia vinho e comia arroz.
Era visível demais, Khon Hu, o jovem , apresentou-se aos espíritos e disse-lhes:
- Descobri todo sentido da comunicação mas não devo agradecer-lhes, apenas pelo arroz que jogastes no chão, esse me trouxe luz.

2-Sobre o Criador

O povo Bela-Parrachia dirigiu-se ao centro de Swan-Tao e começaram a montar um gigantesco ganso de bambu, o povo de Swan-Tao parou para observá-los, entrando em choque com a cena incomum de seus dias monótonos, o mais interessante era que o ganso de bambu de aproximadamente 2 metros possuía uma genital de aproximadamente 40cm, alguns então começaram a debochar do ganso e Khon-Hu deteve-os com sua neo-sabia-linguagem.
- Ganso, Deus, Genital Grande, Valor Sexo, Risadas, Pequenez, Moralismo, Embriaguez, Estupidez....então ficou olhando para cima e para baixo, depois manteve suas mãos numa linha retilínea, na linha do horizonte, na aurora, tocou então no cerne da questão.
O homem que até então zombava ajoelhou-se e disse:
- Perdoe-me, o tempo me matou, a falta de sexo enrijeceu-me, a moral trancafiou-me, preciso livrar-me de toda essa morte
Então gritou com toda força :
- 1, 2, 3, 90, 4 !!!!
Com esse gesto mesmo o homem comum tornou-se ali um Bela-Parrachia e quebrou o encanto nebuloso que haviam feito em ti. O homem então começou lentamente a andar de trás pra frente criando não só uma nova maneira de andar, criará ali, um novo mundo, e afirmará aos prantos:
- SOU TÃO DEUS QUANTO DEUS FOR O GANSO!! Seguirdes então o caminho que não levas aonde deseja chegar..
Von Darsê ainda falará com a multidão que aos poucos se ajoelhava para a estatua de bambu do ganso:
- A magia vos cerca, e não deveis temer, pois tudo que será feito poderá ser desfeito, pois tudo que ostentastes, tudo que tomastes, será roubado de ti pela magia. A magia de nosso criador que procuramos eternamente sem nunca ter encontrado, que procuramos eternamente sem ao menos querer encontrar. Viva Parrachia, que bela!!!
O povo então começou a observar a magia, observar que um ganso de bambu era tão poderosamente místico quanto mística fosse a magia de quem pudesse olha-lo, e as pessoas eram tão deuses quanto mágicos fossem eles mesmos, mas o povo ainda não compreenderá os arrozes que a todo momento os Bela-Parrachia jogavam no chão, e a todo momento comiam...

3- O Arroz e o Mito

Enquanto os Bela-Parrachia jogavam bolinha de gude, grande parte do povo os observava e tentava compreender aqueles espíritos ensolarados, alguns insultavam-os, alguns os veneravam, mas ninguém era de forma alguma indiferente.
Durante um ritual os Bela-Parrachia disseram todos juntos como num grande refrão harmoniosamente caótico:
- Bolas de gude, acerte aquela bola, derrube-a, esmague-a, aquela bola ja é velha demais.
Ficaram então correndo em círculos, gritando essa frase repetitivamente, eis então que a chuva começava a jorrar, destruindo sua própria cerimonia das bolas de gude, eles então começaram a comer arroz e dançar, esse era o famoso ritual da auto-destruição.
Nesse ritual destruíam suas próprias crenças em prol de novas crenças, assim poderiam sempre ir além na procura do desconhecido.
O arroz era um dos reagentes que utilizavam para fazer suas magias, utilizar sua alquimia, além de um grande vício que nunca poderiam largar se quisessem realmente superar a si próprios. O arroz continha uma magia tão grande que foi utilizada pelos Chineses para plantar e pelos Bela-Parrachia para chegar a um estado meta universal, o arroz produzia sensações neles que podiam ser comparadas aos transes hipnóticos produzidos em algumas tribos durante cerimonias religiosas, porem não se tratava simplesmente de um mero recurso psicológico.
Pelo arroz conheceram além do universo, e mostraram suas experiências para todos, mostraram o poder da dança dos deuses, depois aprendida por outras culturas e religiões, afirmaram que todos deveriam satisfazer seus desejos, qualquer que fossem, desde brincadeiras até os sexuais, independente de serem poligamicos ou monogamicos, independente de ordens políticas ou religiosas e assim o foi até a repressão e mutilação da naturalidade por pessoas quase sempre mal intencionadas.

"A grande verdade: a verdade temporal, a verdade que não afirma, a eterna duvida.”

4-A espontaneidade e o Caos Ordenado

Chuvia muito em Shaw-Tao, estavam todos no templo Quay-Wan, era um dia que não se podia ir as ruas, pois estava-se no dia da constelação Chen, dia sagrado para a religiosidade conterrânea. Um menino, porém, pedia muito aos país para irem a rua com ele, pois na rua se encontravam os Bela-Parrachia dançando e comendo arroz na
chuva.
O pai revoltou-se e bravejou com sua áspera voz :
- Isso é um absurdo, hoje é dia de Chen, algo terrível acontecerá a aqueles incrédulos, os ceticos sempre foram uma praga filho, escute-me bem.
Um ancião Bela-Parrachia que estava perto não pode deixar de ouvir, e retrucou:
- Digo-vos irmão, tens tanto medo do perigo do fogo, que não percebeste que o fogo ja te queimaste por dentro, enquanto vos o prendestes. Liberte teu filho, não permita que vossa prole queime convosco. Recusar-lhe-ei a vida?
O pai do garoto mordeu os dentes e começou a pensar, observou que toda sua vida havia reprimido seus sonhos, seus desejos, do que sempre quis fazer e não o fez pelo medo e obediência das tradições e moralismos mas ainda tinha medo de seu filho servir de teste para o azar.
Resolveu então sair junto de seu filho, abalaram-se os portões da ordem, tiraram as roupas e saíram correndo pela chuva, em pouco tempo estavam dançando pelados como os Bela-Parrachia, e claro, comendo arroz.
Tinham agora uma nova tradição, caoticamente destruíram a ordem e então constituíram essa nova ordem, a de se despir, dançar, comer arroz...os Bela-Parrachia juntaram-se então, começaram a jogar bolas de gude até que resolveram não mais dançar e sim ler, entrava-se na era da leitura na China.

Leitura de um trecho do diário de Von Darsê :
- Hoje 16 de abril de 48, o sol já se esconde dentre as montanhas,estou muito feliz, estamos conseguindo comprir nosso objetivo, apesar de não termos uma meta paradigmática, o povo ja se solta mais, dança mais, ri mais, se diverte mais e se preocupa menos. O imperador está preocupado com a diminuição do trabalho dos camponeses e parece desejar nossas cabeças, não me é estranho esse comportamento de um ser que prende dentro de si tanto fogo, as queimaduras, a depressão e o desespero se fazem assim. Nós desejamos sexo, sorrisos, diversão, cultura, leitura e caos harmônico. Estou realmente surpreso pela vida que podemos levar quando negamos a morte na vida.

5- Espaço, Tempo e a Felicidade

As pessoas se perderam no tempo e no espaço, as pessoas roubam o tempo e o espaço uma das outras, como querer encontrar a felicidade se você não detêm o tempo-espaço da sua vida?
Um escravo conhecido como Amadah-Len veio perguntar aos Bela-Parrachia :
- Estou tão deprimido, como posso ser feliz?
Jung de Miro e Von Darsê responderam-no com a suavidade drástica dos Bela-Parrachia :
- Como quereres ser feliz, enquanto procuras a felicidade de olhos vendados? Como podes comer se não tens a comida, onde plantar e nem ao menos o tempo para comer? Para ser feliz precisas antes de mais nada de tempo para ser feliz, precisaste ter o teu tempo para ti...enquanto teu tempo é roubado, não poderás encontrar a felicidade, precisas pois tomar o tempo de quem te rouba, tua majestade, teu senhor, tua religião ou tua política e após retomar a terra roubada que outrora foste tua, e hoje te negam com veemência.
Ai jaz a essência da felicidade, mas não só ai, se tua religião te aprisiona em vida ou em morte não podes ser feliz, precisastes na vida do gozo que outrora fostes pecaminoso, precisastes viver no mundo, para fora, e não se trancar em si mesmo, o orgasmo pleno de um ser se faz ai.
Von Darsê então lhe deu uma lição que o escravo jamais esqueceria :
- Seja livre mas não se esqueça, te prende um pouco também, não viva só como um animal, só pelos instintos, do mesmo modo que um pouco de veneno pode curar um envenenamento, um pouco de mal pode curar o mal da totalidade, vos é necessário um pouco de cada doença para que possas viver curado e não arriscar-se contaminar até a morte. Mas quando chegar tua hora terás de saber o momento certo de ficar doente e largar teus remédios, pois a doença é também uma cura.
Não se iluda com teóricos que lhe dizem que o tempo vai acabar, ou que começou por obra do divino, nem que o tempo é uma reta ou um circulo, o tempo é mais que simples teorias, o tempo não volta, o tempo não para, por isso precisastes da mudança, porque o tempo não vai acabar, mais vos um dia irá perecer, as ações humanas são infinitas porque infinitas são tuas idéias. Portanto não tema, retome teu tempo, retome teu espaço, retome tua vida, assim encontrarás, ou melhor, poderás encontrar a felicidade.

6- O Ritual da Autodestruição

Um dia de sol, as gramas estavam verdes em Swan-Tao, as pessoas já tinham aprendido não só a aceitar os Bela-Parrachia mas também a adorá-los, a maioria da população tornara-se Bela-Parrachiana e os que ainda se prendiam a neuroses e fobias começavam a desvirtuar aquela seita ou anti-seita que negava-se sendo. Criaram dogmas, verdade Parrachianas e começavam a dizer que só se chegaria a luz através do “ideal” Parrachiano.
Enquanto acontecia essa desvirtuação pálida dos Bela-Parrachia o jovem Khon-Hu olhava-se no espelho e conversava consigo mesmo:
- O que queremos? Era isso? Mais uma anestesia psíquica? Não, nunca foi e nunca será essa lastima, devemos negar toda verdade imortal e divina, devemos negar toda verdade imutável, devemos queimá-la ou devemos esperar que o tempo a queime?
Von Darsê que vinha passando não pode de deixar de escutar, escutou a conversa do jovem e chamou-lhe :
- Veja. (apontou para o sol e para as pessoas que ali trabalhavam).
- O que vê? – perguntava Darsê num tom melodioso.
O jovem Khon-Hu respondeu-lhe com sua percepção místicamente realista:
- Vejo pessoas que trabalham de dia, porque aprenderam que assim podem produzir mais e melhor. Nós não viemos aqui para ensinar-lhes o trabalho, contudo se tiverem duvidas, podemos reafirmar-lhes que o dia é melhor do que a noite.
- Sim, respondeu Darsê, contudo esqueceste de algo, esqueceste da noite, assim como no dia pode-se trabalhar, descansar e praticar o coito, a noite também é hora, a noite também é dia. Não deves prender-te a respostas tão superficiais como noite/dia,
verdade/mentira, bem e mau, a austeridade se torna a miséria de quem a prática, o maniqueismo do tirano.
Khon-Hu então correu para a praça e começou a fazer movimentos que ninguem podia compreender, deu um berro de fúria, um piso no chão de raiva, fez algumas caretas, e começou a dançar mexendo bastante a região pélvica. O que ele estava querendo? A maioria do povo olhava intrigado, alguns acusando-o de exibicionismo e falta de pudor, mas foi o sábio Arachimini um garoto de 13 anos que pode dizer aos intrigados cidadãos.
- Vocês estão cegos? Seus olhos estão tão fechados que não conseguem perceber a voz que sai dos movimentos? Ele está tentando mostrar-nos que a movimentação natural do corpo tanto pode trazer a tranqüilidade, a emoção, os sentimentos de volta, como nela não existe verdade, existe caos ordenado, existe vida, existe livre liberação de fluxo e não tentativas forçadas de tentar impor-lhes verdades como fazem. Ele dança como quer, faz o que quer, o que teu corpo quer e o que aprendeu e não nega o novo, jamais. Por isso ele não pode ser como aqueles que desejam tornar a beleza dos
Bela-Parrachia mais um túmulo como o Cristianismo, o Judaísmo, e essas auto sacrificações masoquistas.
Logo após o discurso flamejante do garoto, Jung de Miro foi a praça central da cidade conclamou o povo e disse :
- Vim dizer que nós Bela-Parrachia estamos partindo da cidade, porem antes de irmos proclamo a todos os Bela-Parrachianos a fazer o ritual da bola de gude sobre tudo que sabemos para que não nos tornemos jamais padres Parrachianos, essa aberração nunca existiu e não deve vir a ser. Deixemos que o devir entre em nossas vidas...
Então o povo Parrachiano voltou a sua essência lúdica, jogou bolas de gude, divertiu-se, dançou, comeu arroz e no final destrui qualquer vestígio de império e autoridade.

7- A Deriva e o Errantismo Parrachiano

“Vamos atravessar pontes
E de pontes para pontes
Assim urge nosso destino
Não ficaremos parados
Estagnados, esperando o acaso.
Não ficaremos parados
Com a faca na mão,
E a justiça no peito...nos matando a cada segundo.”

Os Bela-Parrachia então saíram de cidade de Swan-Tao e começaram seu caminho rumo aonde a beleza os levasse, é importante ter um objetivo, mas não para vida toda, todos objetivos devem cair para dar lugar a novos objetivos, para a vida não ficar rígida demais, assim como todas as localidades e condições de vida devem ser trocadas periodicamente para não se prender a um padrão de vida ou um padrão de ambiente, assim os Bela Parrachia construíam sua anti-sistemática, não confiando em verdades imutáveis, formava-se a deriva e a constante da revolução, o devir. Foi com essa convicção que os Parrachia saíram em direção aos desertos Árabes enfrentando condições climáticas para eles aterradoras, o perigo era tão constante que levou a muitos a superarem a si mesmos para enfrentar a morte. Agüentaram bravamente tanto o clima do local quanto o tempo (quando se diz tempo, está se referindo não só a condições climáticas e sim a duração do próprio dia e indo alem do próprio minuto). Após dias de truculência chegaram a um Oásis onde vivia um tribo, essa tribo defenderia sua localidade estratégica com a vida, eles detinham armas (lanças, escudos, arcos...) enquanto os Bela-Parrachia não tinham nenhum tipo de armamento bélico. Tudo insinuava que eram os últimos momentos de respiração dos bombeiros incendiários, mas os Bela-Parrachia possuíam uma grande arma escondida na manga, a revolução do gato amargo.
Aproximadamente 300 guerreiros armados partiram em direção aos cerca de 150 Parrachianos, eis então que a situação mudou, quem vive no mato aprende com o coelho. “ Nas ocasiões que tudo inspira temor, nada deves temer. Quando estiveres cercado de todos os perigos, não deves temer nenhum. Quando estiveres sem nenhum recurso, deves contar com todos. Quando fores surpreendido, surpreende o inimigo”
Sun Tzu foi um grande inspirador dos Bela-Parrachianos, e foi exatamente a sua mentalidade que o povo Bela-Parrachiano utilizou para revirar a situação.
Os Bela-Parrachia então começaram a dançar e comer arroz na frente dos 300 guerreiros tribais e como era de se esperar a chuva jorrou, o místico ar tomará conta do local, os 300 guerreiros acreditaram ser os Bela-Parrachias Deuses, enquanto eles eram apenas parte da natureza, melhor dizendo, não apenas parte, ele eram a natureza propriamente dita, assim como você e eu.
A partir dai os tribais juntaram-se aos Parrachia, começaram a adora-los, mais logo os Parrachia os demonstraram que não só eles eram Deuses, mostraram que todos os são. Aqueles dois povos à partir dali aprenderam muito mutuamente como bons seres humanos, ou bons Deuses. A magia da deriva, como a magia do errantismo trouxe aos Bela-Parrachia muito conhecimento, evolução, força e afetividades guardadas de todos os locais, alem da possibilidade de manter-se em constante movimento, o constante movimento da vida.

8 - A Virtude da Loucura (diário de Von Darse)

Durante as áridas caminhadas sobre desertos, florestas tropicais, vimos de tudo que se possa imaginar, até mesmo o inimaginável.
Aquele sonho que se tem a noite ou mesmo de dia, para nós era realidade, o sonho e o pesadelo eram-nos igualmente virtudes, pois da vida, eles faziam parte.
Passou-se neve e chuva, sol e seca, até que podemos encontrar uma das maiores dadivas que nos esperavam... Encontramos jovens nômades durante o trajeto e ficamos muito amigos daqueles eruditos, mas um deles se destacava demais, tanto por sua anti-sociabilidade, como pela sua magia, seu intelecto e sua honestidade vibrantes.
Conheci esse Santo enquanto ele conversava sozinho, achei inicialmente estranho tal fato, comecei a achar que tal homem possuíra poderes sobrenaturais alem da luz, mais tarde iria comprovar minha teoria. Resolvi perguntar então a alguns Nômades sobre tal estranha figura.
Contaram-me que ele era um caso realmente muito estranho, não se envolvia muito bem com os outros Nômades, principalmente os mais austeros que traziam a estase daquele povo. Estes nômades austeros e jactanciosos que odiavam o jovem estranho eram os mesmos que traziam a paralisação daquela sociedade e sem duvidas o diferencial entre os Bela-Parrachia e eles.
Eu resolvi então falar com o jovem que era conhecido como Iquiz Tao Hiad e descobriu no jovem tanto uma noite* imensa quanto uma sombra ardente, o jovem era honesto de uma maneira una, não continha a peste da falsidade e da mentira trazidos da rigidez das cidades falsas.
O jovem dizia com os olhos ao mesmo tempo tão distantes como tão próximos do mundo como é raro de ser ver :
- As cidades fantasmas querem roubar minha alma, dentre este povo existem desde as mais celebres pessoas, até os mais árduos tiranos, me chamam de louco, dizem que perdi minha cabeça, mais quem quer tirar minha cabeça são “eles” (claramente falava sobre mais de uma entidade). Os normais estão loucos, e agora querem dominar a “loucura” dos normais, assim ninguém irá atrapalha-los a deter o poder, por isso fugi para essa tribo nômade que me acolheu de braços abertos.
Chamavam-no de louco, mas loucura para Von Darsê** ainda não era de certo aquilo, compreendo que em tal jovem haviam coisas um tanto quanto assombrosas, parecia que ele tinha fugido do mundo, criado seus próprios significantes, tanto para as palavras, quanto para a vida em si mesma. Eu resolvi ajudar (ainda que com medo de
destruir-lhe a magia) aquele jovem, que apesar de tão honestamente inteligente, possuía uma angústia de uma tonelada ( se é que podemos medir os sentimentos.), mas não escreverei aqui como o ajudei, apenas quero relatar o meu encontro com o mais inteligente dos homens, mesmo porque foi o mais sábio e honesto deles.

* - Noite claramente no sentido de harmonia e beleza natural.
** - Aqui, falando sobre ele mesmo em terceira pessoa.

9 - Usando o Vivido, Não se Vive, se Usa.

Os Bela-Parrachia após o encontro com os Nômades partiram para a maior cidade de Oriente, ja Ocidentalizada a tempos, Bombain, lá puderam observar as pedras que se locomovem e ficaram impressionados, terrivelmente impressionados, viram pela primeira
vez uma cachoeira que não flui. As pedras andavam a seus objetivos tão superficiais como elas mesmas, azedas, imóveis e duras, duras como....pedras. Seus únicos objetivos (que elas próprias não sabiam) era manter o grande pedregulho que mantinha seus status de pedra. Os pássaros que ali viviam largaram tudo que era vida, eles não possuíam possuindo, a partir de agora, tudo que eles detinham não detendo em prol de transformar toda aquela vida em simples uso. Foi ai que a maldição travou-se sobre Bombain, todos os pássaros viraram pedras e o pior, não sabiam que eram pedras, e defenderiam a condição de pedras, aqueles que um dia ja foram pássaros. Tudo aquilo era demasiado triste, ver aquilo era quase que como transformar-se em estatua e estar morto também.
Os Bela-Parrachia estressados e perplexos sabiam que aquela era a maldição para aqueles que transformam suas vidas em epílogos, e começaram a gritar sem se preocupar com as pedras e seus pseudo-objetos de uso, CRIEM INTRODUÇÕES, PROLOGOS, VIVA O INICIO , O MEIO E PRINCIPALMENTE O FIM, NÃO O FIM COMO DESFECHO, JAMAIS O FIM
COMO CONCLUSÃO, MAS O FIM COMO A PERCEPÇÃO DO ETERNO ERRO!!!!
Enquanto berravam essas palavras, alguns vomitavam, outros praticavam o onanismo e gozavam, outros simplesmente cuspiam, outros respiravam com vontade e jogavam para fora todo ar velho, o fato era que todos demostravam o novo, todos mostravam o fluido da vida em oposição a estagnação e a reificação que os rochedos trouxeram.
Todos os Bela Parrachia viviam e mesmo que estivessem usando roupas, objetos, livros, eles viam tudo isso como vindo do mundo, melhor dizendo, tudo como participação do mundo e não objetos fragmentados, viam tudo como vindo e ainda presentes na terra, viam tudo como partes de si mesmos, viam a vida, eram ainda pássaros.
Enquanto os Bela-Parrachia viam tudo na vida, as pedras, viam tudo como objetos de uso, viam tudo até mesmo os animais como utilidades, tiravam suas características, tiravam suas vidas, fragmentavam tudo, transformando-os em objetos.

“ Se eu mantive-me inteiro até aqui,
O sonho, o sono, o despertar, não acabou
Aqui então viverei, aqui então morrerei
A energia fluiu, o mar de risos, de gritos,
De raiva, alegria, paixão, amor e ódio
Na noite ensolarada,
Tudo se vive, tudo é da terra,
A terra é de tudo, o cosmos, é tudo,
São de tudo, são de todos, são o tudo.
Somos nós. “

10 – A Raiva e os Sentimentos

Evitam a raiva PRISÃOSem Sentimentos
Tem amor  VIDA Tem raiva
Amor  HARMONIA  Ódio
Tensão  GOZO  Climax, Alivio
Sexo  MAGIARitual da Auto-Destruição

Antagonismos formam sinteses ? Paradoxos naturais ou natureza paradoxal ? Naturezas naturalistas, biopoliteistas ateus do devir?
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A quebra do equilibrio.

Estavamos numa floresta, realmente alegres em nossa caminhada errante escutando o ancião Jung de Miro que contava-nos historias na roda que se formara entre a fogueira e o vinho.
- A muito, muito tempo, existia um povo que não sabia rir, esse povo era dominador, tinham lanças que cuspiam fogo*, guerreiros montados em criaturas rapidas como dragões. Este povo era terrivel, rangiam os dentes de tão angustiados, tinham os braços rigidos e os olhos sem expressão. Tornaram a terra das tribos daquela floresta puro fogo, pura lama, mataram todos animais e faziam panos com a pele desses animais para vestirem-se e mostrarem seu status.
- Eles sabiam matar, eles sabiam dominar, mas nem ao menos sabiam o que eram os sentimentos, a muito ja tinha se perdido disso, sabiam matar, sabiam destruir. Um dia um desses guerreiros insensíveis encontrou um menino Bela-Parrachiano e perguntou : Onde estão os guerreiros Parrachianos? Enquanto olhava tenso para todos os lados e suas mãos suavam rígidas como pedras segurando a lança que cospe
fogo.
- Eles estão como de custume brincando, tomando chá, vinho, fumando, fazendo sexo, dançando ou caçando, aqui tudo é alegria e tristeza, todos os sentimentos fazem parte de nossa vida, sabemos que negar um sentimento é negar a todos, mas porque deseja saber? Deseja se divertir conosco? Venha, venha! O garoto que antes fazia malabarismo então deu as três maças que segurava ao guerreiro e disse: "venha brinque comigo."
Nesse momento o mundo parou, o guerreiro olhou com os olhos lacrimejando, parecia que toda aquela sua defesa, toda aquela barreira que o impedia de comunicar-lhe com o mundo havia sido quebrada ali, por um simples menino, por simples bolas de malabarismo. O céu refletiu o pranto e a chuva jorrou, jorrou tão bela quanto a inocência daquele menino que transformara uma lagarta em uma borboleta. O guerreiro então lhe disse:
- Por favor menino, seja meu mestre, ensine-me a sentir novamente, isso é a melhor coisa que poderia ter me acontecido, não quero mais viver a austeridade, deixe-me tornar um Bela-Parrachia.
Deve aprender então a raiva, pois a tristeza é tão linda como a alegria, o que sente dos que fizeram de tua vida uma prisão? O que sente com relação a aqueles que matam e destroem todos os sentimentos, todos os povos que destroem a harmonia com a natureza, pois se alienam da vida, o que sente?
Uma fúria incontrolavel tomou conta do guerreiro que começou a chutar uma arvore ao lado e soca-la, seu choro não caia mais do céu e sim de seus olhos, a vida pela primeira vez transpareceu para o guerreiro que gritou :
- O QUE ERA A ORDEM QUE ME IMPUNHAM ? NÃO ERA PODRIDÃO E MORALISMO LASTIMAVEL ? ME DERAM A MORTE E FALARAM QUE ERA VIDA, HOJE OS ÓDEIO!
O guerreiro então sentou-se e começou a meditar, meditava não interiorizando o ódio e sim exteriorizando-se e entrando em contato com o mundo real, tornava-se ali parte da natureza, tornara-se ali um Bela-Parrachia.
Após o ódio o guerreiro pode compreender também o amor, pode compreender todos os sentimentos que a vida traz, pode compreender a própria vida. O guerreiro então agradeceu muito o menino e partiu com sua missão de trazer de volta a vida para seu povo natal. Reza a lenda que ele conseguiu, e todo seu povo hoje vive em montanhas
isolados em contato com os animais e a floresta.

* Acho que aqui fica claro a clarividência e os deja-vus dos Bela-Parrachia, indo alem, fica claro a superação do tempo pela psique Parrachiana.

11 – A Família Parrachiana e a Guerra da Doença Contra a Natureza

“A família, tão consagrada instituição, tão famigerada relíquia, passando tradições, contradizendo emoções, limitando relações.” Lyn Myhn. 37 d.l (depois de Lyn)

Morte!!! Pecadores!!!!! Gritava enfurecida uma multidão de religiosos que corriam atrás dos Bela-Parrachia... Tudo começou quando os Bela-Parrachia resolveram acampar um tempo, bem próximo a uma cidade religiosa, a grande questão que gerou o conflito entre esses dois povos, foi justamente a questão sexual e familiar.
A família Parrachiana não continha os padrões monogamicos, rígidos, culturalmente tradicionais assim como os desse povo “religioso”, mesmo porque o Deus da religião que condenara os Bela-Parrachia era um Deus assexuado (e a sexualidade para aquele povo se resumia a procriação), e os deuses e deusas Bela-Parrachianos, sempre morrendo e dando lugar a outros (ou não) eram em grande parte altamente sexuados e altamente diversos, entre eles existiam deuses (e Deuses) assexuados, poligamicos, monogamicos, heterossexuais, bissexuais, etc..(entre eles animais, Deusas, deuses que não eram seres, energias...), poderia-se até considerar que toda a natureza era a
deusa desse povo.
Dessa forma a família Parrachiana não existia como fragmentação social, existia como totalidade popular e natural. Se formos considerar uma família Parrachiana, deveríamos considerar todos os adultos como pais e todas mulheres como mães, as crianças recebiam educação de todos, principalmente dos mais velhos, assim como muitas tribos indígenas que foram influenciadas místicamente e atemporalmente pelos Bela-Parrachia.
Após a ardida fuga do povo Parrachiano pelas florestas de Swe’rohw, o povo Parrachiano ainda estava confuso sobre o que aconteceu e conversavam sobre o fato :
Kohn Hu : “ Perigo, incompreensão do amigo, então apontou uma arvore caída sobre diversas plantas (a arvore tivera matado as plantas).”
O que devemos fazer? Lutar ou fugir? A terra deveria ser de todos, mais eles a tomaram, nos atacaram simplesmente porque alguns de nós faziam sexo no meio da praça, que fica no nosso próprio acampamento.
Von Darsê : "Kohn Hu, a praça não é nossa, é deles e de todos, eles querem nos impor suas leis, eles querem nos impor suas tradições, acusaste-os de derrubar arvores sobre plantas, inferiste-nos de uma pequenez ilusória. Eu compreendo que eles dominam o seu próprio povo através de sua família e de suas leis, mas escute-me, nos não somos libertadores, os maiores libertadores sempre foram os maiores opressores, se querem acabar com o domínio devem fazer isso com as próprias asas, se aquela febre patológica voltar a nos assombrar, nos defenderemos com nossos remédios."

“ A prisão da família,
sentida na pele,
sentida a ferida.
Os olhos brilhavam,
enquanto descobria a vida,
Mais tudo aquilo lhe foi negado,
o mundo lhe foi roubado
Pobre garoto,
que hoje esconde o que quer,
Descobriu a felicidade na família Parrachiana,
Descobriu a liberdade,
descobriu a amizade,
Descobriu que tudo é de todos,
e todos são o tudo,
Descobriu que tudo é parte,
Daquela maravilha,
que se chama mundo.”
Kohn Hu, 23 d.k

12 – A Maldição que Salvou Vidas. (diário de Von Darse)

Escuto um esporro, mas não aguço minha neurose, entro em contato com o silencio esperando a cada vão o respaldo das ondas de som, que adentrariam meu ouvido caso fosse necessário. Meu ouvido como o de uma águia capta a maldição, alguém, algo, teria nos amaldiçoado, eu ainda não pude saber o porque, ainda não pude prever e prevenir, só sabia que meu povo estava doente.
Porque? perguntava a Deusa Éris, porque teriam os Deuses cometido tal ato? xinguei-os, não pude evitar, não importava, estaria selado nosso destino? Seria esse o grande fim que nós aguardava? Não podia acreditar, comecei a chorar diante da chuva que completava o clima de instabilidade, a chuva caia como que me corroendo, era tão acida, era o reflexo de minha dor.
- Ei, Porque choras meu jovem? – Perguntou um senhor que passava.
- Não posso evitar, meu povo está doente, grande parte esta com perigo real de vida, só o que fazem é ler, comer e dormir, mal conseguem se locomover. Nosso povo sempre foi andarilho, sempre foi atlético e nunca nenhuma doença nos assombrou com tal intensidade. – respondi com voz mórbida
- Então o que estás fazendo a chorar? Procuraste a cura pro teu choro e de teu povo? Nenhum Deus comanda nada, olhe para natureza, observe como ela se locomove, Gaia*, é assim que a chamamos em minha terra. – disse-me o velho que tinha os olhos indiscritivelmente profundos.
- Você tem toda razão, muito obrigado.
Agradeci-o e parti rapidamente com uma parte do grupo que ainda não estava doente a procura de cura, mas o mais interessante foi observar que quem descobriu a cura para doença foram os próprios doentes que estavam a ler bastante, como única atividade que eles poderiam realizar.
Depois de uma pequena busca podemos encontrar os remédios para os doentes e cura-los, e incrivelmente saímos daquela “maldição” vigorosamente mais fortes, a nossa informação havia crescido, conhecíamos agora melhor as curas e as próprias doenças e felizmente não houve preços para isso. Jamais pagaríamos um preço alto para nós
trazer tais informações, ou tecnologias, como as pedras as chamam, jamais seriamos cruéis como as pedras de sacrificar vidas por tais tecnologias, mesmo porque estas nos trazem informação, o que é bom, porem não nos trazem o mais importante, que é a felicidade e harmonia de nosso povo.
Mais tarde só que Von Darsê** foi saber que o velho que lhe falará era o famoso e hermético Dan Ki Chopper***, um santo ateu que grassava pelas cidades mostrando o mundo para os que se atolam em metafísicas e esquecem de viver.

* - Aqui fica claro de onde surgiram as teorias de Gaia que só hoje são reconhecidas, iniciadas com o mestre Dan Ki Chopper
** - Novamente Von Darsê usa seu nome em terceira pessoa.
*** - Dan Ki Chopper alem de santo ateu foi o criador de uma técnica oriental de concentração que é utilizada até hoje.

13 – O Mapa da Felicidade (diário de Kohn Hu)

Onde está ela que todos procuram? Onde está a Deusa, o mar, a luz e a razão da vida? Onde está a felicidade?
O céu caiu sobre as flores que murcharam, o céu se abriu e as flores levantaram, onde está a felicidade? Onde está a felicidade? No levantar da pétala? Ou no murchar da dádiva colorida da Deusa?
Resplandece-me os olhos tanto a morte quanto a vida, tanto o inicio como o final e igualmente o decurso. Onde desses itens estará a felicidade? Em si mesmo, na alma ou na sociedade, no barco ou na viagem? No mar ou na terra? Na certeza ou na duvida?
Resolvi perguntar ao mestre Von Darsê onde poderia encontrar a felicidade, e se eu fosse ajudar as pessoas a encontra-la, para onde eu deveria apontar.
- Von Darsê, preciso de uma resposta, onde posso encontrar a felicidade?
Perguntei-o
- Estais triste? Não encontrastes vossa musa?
- Não. Estou feliz, sei que me tornei feliz quando vim pra ca, antes eu era muito triste, então a felicidade se encontra onde vivemos e como vivemos?
- Talvez, o que achas?
- Não sei ao certo, porque apesar dos pesares em minha antiga terra haviam pessoas felizes, é realmente muito estranho, existem pessoas felizes em tantos lugares. Na minha antiga terra sempre diziam que felicidade era encontrada na raiz do coqueiro, mais eu nunca vi felicidade ali, na raiz do coqueiro. Porventura eu a encontrei nos
cocos e não na raiz do coqueiro. Sinto-me confuso, acho que a felicidade não está em nenhum lugar definido e sim onde cada pessoa possa encontra-la de acordo com sua formação histórica e intelectual.
- Talvez, vossa opinião é sabia, assim como a verdade não é una, a felicidade pode encontrar-se tanto no raiz do coqueiro, como no próprio coco, na queda do coqueiro, e mesmo a própria tristeza pode encontrar-se nos mesmos lugares que a felicidade. Porem é necessário dizer-vos que existem coisas que podem trazer doenças e limitar ou
mesmo destruir qualquer possibilidade de felicidade. Não deveis deixar de lado vossas necessidades e as de teu corpo, porque tua religião ou tua política te prendem, isso se queres ser feliz. Não devemos colocar a felicidade num pilar e criar teorias para alcança-la, devemos vive-la.
E assim disse Von Darsê, influenciado pelo espírito místico de Ninguém, espírito esse que influenciou muito os Bela-Parrachia. Mais não vou me adentrar nesse sacro santo nesse momento. Eu pude compreender a felicidade, que tantos procuraram sem querer encontrar. Muitos da minha antiga cidade diziam procura-la mais estavam a todo tempo se punindo, como querer encontrar a felicidade na punição, na dor e na amargura? A doença ja defecara naquele local, e seu povo esta doente demais para perceber “a praga”.

“A felicidade do velho coelho,
Jamais se traduziu em palavras
Era vista em gestos, doces lagrimas
Que caiam, subindo ao céu
A doença, a praga não lhe acometera
A sua cachoeira não era paralisia,
Era fluxo, vida, nunca hipocondria
A própria vida era felicidade, e tristeza
O mundo inteiro era sua vaidade
Que se entrelaçava nas arvores da verdade
Não tinha lar, não tinha medo,
Tudo era teu, nunca em segredo
Teus muitos filhos brincavam
Teus e de todo povo
O sol brilhava
Também a lua,
Na floresta o povo sentia,
Amor”
Kohn Hu

14 – A Vida dos Gansos e o Culto ao Lúdico

A vida dos gansos Parrachianos “sempre” foi a marca do júbilo e do culto ao lúdico, e por isso, talvez, as árduas críticas por povos que “necessitavam” (ou simplesmente queriam) que o trabalho fosse cultuado e mistificado como algo sagrado, nobre, onde invertiam as relações de dominação teoricamente. A realidade desses povos contudo como ja lhes disse, é exatamente o inverso, o proprietário que não trabalha (ou trabalha menos, superficialmente..) é o nobre, ja o camponês que trabalha arduamente acometido pela peste trabalhista é o pobre e o escravo.
Os gansos Parrachianos então renegavam o trabalho trabalhando, a questão para eles era, o que é o trabalho? Se o trabalho é obrigação, se trabalho é imposição, se o trabalho é chatice, se teu trabalho é usado contra ti ou roubado de ti, se o trabalho é evolução para os donos do poder, devemos amaldiçoa-lo, abomina-lo, destrui-lo, agora se teu trabalho é diversão, felicidade, superação, evolução, mobilidade, expressão e mesmo tristeza pode-se ou mesmo deve-se ama-lo.
A vida dos gansos Parrachianos era lotada de diversões, entre elas um jogo onde usavam uma bola e com os pés devia-se ludibriar o adversário*, esse jogo cabalístico foi inventado por um ganso Parrachiano chamado Ganso Goiano ou G.G.Elder, essas diversões tinham fim em si próprias contudo eram também rituais místicos.
O trabalho para eles não era “trabalho” pois detinha essa conotação de diversão, alegria, brincadeira, etc.. portanto mesmo quando procurando, produzindo coisas essenciais os gansos Parrachianos faziam jogos, por exemplo : quando tinham que caçar disputavam quem conseguiria abater primeiro um animal, então iam se divertindo.
Na sociedade dos gansos Parrachianos não existia propriedade, era como um anarquismo primitivo, ressaltando novamente que nada era trocado, vendido, negociado, usado, tudo era vivido e pertencia a todos, não porque tudo era distribuído e sim porque tudo era da natureza, mesmo o modificado pelo homem era em essência natural, assim como os próprios homens, portanto tudo era de todos mesmo sem haver uma conceituação disso.
No errantismo Parrachiano não havia lugar para lideres, somente em casos de guerra ou real perigo de sobrevivência, como pragas os mais sábios ou mais velhos assumiam uma postura de organização ou coordenação da comunidade Parrachiana e assim que a guerra, ou peste sumissem esses “lideres” eram depostos e assim vivam os gansos Parrachianos e assim Parrachiavam os gansos vividos.

“Livros a ler, trabalho a fazer, diversão a acometer, vida a decorrer, Saúde a vencer, mente a voar, pássaros a cantar, arvores a viver, morrer, respirar, sementes a brotar, bebes a nascer e verdades a transgredir”

* - essa prática foi fulminar no futebol moderno.

15 – Sobre o Suicídio Místico

Trevas, escuridão, as gramas submersas na água escura naquele pequeno alagamento, apenas uma planta tinha força para se manter em pé e em estado deplorável, se antes tivesse morrido a desgraçada. O que fazia de pé? Deveria ter morrido, faz parte do fluxo da vida, faz parte da própria existência.
A verdade absoluta sempre foi vista como desgraça para os Parrachianos, isso não é segredo para ninguém, simplesmente é vista com desdém. A planta velha que não morre, deve morrer, deve deixar que as novas plantas triunfem, deveria permitir sempre a renovação.
Começou a estranha história num árduo dia de chuva, nos primórdios Parrachianos, uma tempestade terrível atolará tanto os pés quanto a mente de alguns Bela-Parrachia. Em todo esse “caos” na tribo, alguns Parrachianos resolveram “tomar conta da situação” e começaram a criar mitos e autoridades, começaram a resplandecerem-se como
salvadores.
Observando abertamente a situação, diversos Parrachianos entre eles Von Darsê, Jung de Miro, Kohn-Hu, entre outros resolveram intervir e chamaram todos os Parrachianos e demonstraram o fato, os próprios suspeitos concordaram com a suspeita e admitiram estar fazendo aquilo. Deveria a comunidade chegar a uma conclusão de como combater
o vicio do narcisismo, a exaltação do nome, o desejo de entrar para história Parrachiana.
Essa situação incrivelmente foi tomar um rumo bem parecido com o ritual de autodestruição, incrivelmente a superação do narcisismo.
(diário de Von Darsê)
- Andávamos pela floresta de Macatú, Hujará (um dos “narcisistas”), Jung de Miro e eu, estávamos a procura de respostas, tanto mentais quanto da resolução dos problemas da enchente. Espreitando a escuridão e o medo escuto um berro :
AREIA MOVEDIÇA, CUIDADO!!
Afastei-me e olhei com cuidado, era Hujará, com sua face pálida, encolhia-se como um verme com um terrível medo da situação, contudo, quando fomos ajuda-lo nos disse com árduas palavras
– deixe-me, irei me libertar sozinho – eu via o estopim da situação, o narcisismo
máximo, o limiar entre o narcisismo e a separação do mundo, a angustia pura.
- Deixe-nos ajuda-lo Hujará, de que vale todo essa egolatria? Não é isso imundice e pequenez? O grande homem se faz na vida e não precisa deixar marcas, não precisa de monumentos, ele é grande, ele foi grande, não precisa e nem quer provar isso a ninguém.
Hujará nos escutou e sorriu, ajudem-me gritou o homem, gritou o menino, gritou o idoso, não importa a idade, Hujará foi sabiamente inocente. Nos o ajudamos, ele saiu da areia movediça... e começamos a refletir juntos sobre o que tinha acontecido.
- Como podemos acabar com esse narcisismo? Alias, como podemos diminui-lo? Como podemos fazer que as pessoas queiram crescer por elas, e não para um futuro ilusório, e não só para “imortalizar-se” – perguntou Jung de Miro
- Qual o mecanismo que as permite tal vontade de “imortalizar-se” – perguntei-os e a resposta veio dos dois ao mesmo tempo.
- É o nome, responderam confusos
- Então ai está, derrubem o nome e estarão derrubando também a identidade imortal, a autoridade, o ídolo e o estigmatizado.
- Mais não estaremos deixando assim de sermos nos mesmos? argumentou sabiamente Hujará
- Você é seu nome ou você é o que vive? Você é palavra ou você é mundo? Respondi-o
- Tem razão Darsê, mais o nome facilita a comunicação, talvez fosse mais sábio a troca após um tempo.
- Sabia opinião, estou de acordo.
Então voltamos a aldeia e discutimos com as pessoas da tribo e no final todos concordaram com a idéia, conversamos bastante, tomando muito chá, comendo maças, dançando, gritando, rindo...tudo era motivo de festa para nós, a vida era festa, a tristeza era festa, o amor é lindo, o ódio necessário, então após a nossa esplendida
confraternização juntamo-nos e mudamos de nome, simplesmente assim.
Neste momento então o céu abriu, o chuva parou, a volúpia tomou conta de todos, era lindo, as gotas de água caiam lentamente das plantas refletindo os sorrisos das pessoas, o arco-íris surgiu e resplandeceu as lagrimas que corriam o rosto de alguns, era O NOVO NASCER DA VIDA, um segundo parto, uma segunda vida, e desde então fazemos o suicídio místico de tempos em tempos.

16- Epilogo ( Diário de Von Darsê )

Importa-se? É tudo isso verossímil? Meu diário uma farsa? Nossa seita uma ameaça? Um mito, um santo, um Deus, um pranto? Sim, talvez seja tudo uma mentira, importa-se? Exporta-se? Não importa se sua verdade é real, ou uma ilusão, uma mentira. Nos continuamos a existir, na mente de quem for demente, o louco gênio que não pode ser compreendido por quem não se sublevar contra a normalidade, o homo normallis, a autoridade, o rei, o papa, a mitologia.
Iremos continuar por ai a fora, matando deuses, criando mitos, construindo alicerces e os quebrando, continuaremos a jornada da vida, evoluindo, desiludindo, disseminando o fogo e a chuva.
Importa-se? Exporta-se?
Ao seu lado estará um Bela-Parrachia, ao teu lado estará a vida e a morte, sem medo, com medo, sentindo a vida mesmo que com dor, com coragem. Daqui a 1800 anos, estarei ao teu lado para destruir a ordem, causar o caos harmônico, estarei ao teu lado para trazer o novo, o devir, porque? Porque nos somos imortais. Porque a Deusa Éris está ao nosso lado, porque Jesus ja foi um de nossos guias porém ja o quebramos, melhor, ja quebramos parte de suas idéias, ja não está mais entre nós. E você homo normallis, importa-se? Teu trieb* está morto, da demasiado valor a mentira, a falsidade e a irracionalidade, está é a sociedade que estais a criar, o aviso ja foi dado pelos Deuses, pelos Gansos, a natureza ja se rebela contra ti, um segundo mais, um segundo mais, o tempo gira e você não muda, gira, gira, gira, gira, gira.
Mate-se homem, mate-se mulher, crie um pouco de esperança, VA LER, VA VIVER, CANTE, DANÇE, não tenha medo dos outros, não tenha medo do Outro. Sente-se e medite, sente-se e suicide-se, viva uma nova vida, seja outra pessoa. SEJA VOCÊ!

“ revivere, revigorum semper”
* Trieb – Instinto

Tradução e Seleção de textos: Fernando R.

24.8.04

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"Para ser livre num sentido, é preciso estar preso num outro. A liberdade ideal não tem sentido"



Fonte: A sabedoria instantânea do falso zen



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3.8.04

UCRISSTO - Unicórnia Cor de Rosa Invisível Saltitante Sagrada Totalitária e Onipotente

A criação da universo e a formação da vida como a conhecemos tem sido durante muito tempo debatida em diversos campos, dos laboratórios universitários aos púlpitos de igrejas. A busca pela verdade, contudo, é chegada ao fim. Acaba de chegar a nosso país a maior de todas as revelações da historia da humanidade. Técnicos da NASA (North American Saltitant Atheist) acabam de entregar em nossas mãos as revelações do "Sagrado Pergaminho Cor de Rosa", uma súmula de todo o sapiente, transcendental, cor de rosa e santo conhecimento da UCRISSTO. As sagradas e cor de rosas escrituras são segundo a NASA cópias fiéis do "Grande Livro Branco Escrito com Fonte Branca", livro este que está localizado no "Grande Estábulo Cor de Rosa", no "Grande Plano Superior". Essas cópias foram trazidas a terra pela "Grande Profeta" Linie, e deixadas escondidas e enterradas num baú cor de rosa e mágico numa ilha do pacifico. A organização afirma ainda que foi um milagre o fato das sagradas escrituras terem sobrevivido ao "Grande Dilúvio do Morango", o que prova incontestavelmente a credibilidade das palavras cor de rosa impressas no "Grande Pergaminho Cor de Rosa" (como todos sabem, os eqüinos tem fama de terem coisas grandes).
Os originais do "Grande e Sagrado Pergaminho Cor de Rosa" estão num lugar secreto, numa base secreta da mais secreta ainda NASA e chegaram a nossas mãos por meios que não podemos revelar, basta aos fiéis seguidores da UCRISSTO acreditarem na veracidade das informações, assim como acreditam nos Donuts recheados de Saturno, ou nas Panteras Venusianas, ou ainda no "Grande Capitão intergaláctico Ashtar Sheran". Aos infiéis que desejam provas da existência da UCRISSTO ficam as palavras cor de rosa e santas da "Grande Profeta" Linie:
"A Unicórnia Cor de Rosa Invisível Saltitante Sagrada Totalitária e Onipotente existe, prova disso é o fato de que não podemos vê-la. Se não existisse, seria visível, mas como existe e é invisível, glória cor de rosa à UCRISSTO!"


O Sagrado Pergaminho Cor de Rosa

Parte I - A Criação

No começo não havia nada. Então a grande Unicórnia Sagrada Saltitante criou o pasto, pois estava com fome. No gelado frio do nada, o pasto morreu instantaneamente. Frustrada, a UCRISSTO criou uma terra. E chamou esta terra de Terra. Então ela aqueceu a terra e criou o pasto outra vez. Dessa vez o pasto não morreu, então a UCRISSTO viu que isso era bom. E a grande Unicórnia comeu o pasto. Depois, acabou percebendo que o pasto morreria e o calor se dissiparia. Criou então, uma grande bola rosa no meio do nada, que chamou de Sil. Sil emanava uma luz rosa e mágica. E depois criou grandes porções de águas rosas e mágicas, que chamou de Mires. Mas viu que o pasto era tedioso, então criou animais.
Para habitar os Mires Cor de Rosa, a Unicórnia criou o boto cor-de-rosa, o único animal verdadeiramente Rosa. Animais de todos os tipos foram criados, e por um tempo a UCRISSTO ficou feliz. Mas então, entediou-se novamente. Ela precisava conversar com alguém, alguém que pudesse aprender sua infinita sabedoria. Então, a toda poderosa Unicórnia criou o espelho, e depois o gravador. Assim, era sua imagem e sua voz. Mas ela não gostou de ouvir sua própria voz no gravador, e não conseguiu se olhar no espelho, pois era invisível. Mais uma vez frustrada, a Unicórnia tentou algo diferente.
A UCRISSTO criou o homem e a mulher. Por muito tempo, os três passearam pela Terra, nadaram nos Mires e contemplaram o Sil. Então o homem e a mulher descobriram o gravador com a voz da grande Unicórnia gravada, e todos os segredos do Universo. A Unicórnia disse para não mexerem, mas eles não obedeceram e ligaram o gravador. O conhecimento dos grandes segredos do universo, como porque o pão sempre cai com o lado da manteiga para baixo?, quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? e porque a galinha atravessou a rua? (o primeiro homem e a primeira mulher gostavam muito de galináceos) foram revelados. Isso corrompeu o homem e a mulher, e eles usaram seus novos poderes para corromper o Sil e os Mires.
Furiosa, a UCRISSTO destruiu os humanos. Então ela reconstruiu o Sil e os Mires, rebatizando-os de Sol e Mares. Mas eles não eram mais rosas, e não eram mais coisas mágicas. Depois, a bondosa UCRISSTO reconstruiu os humanos, mas dessa vez apagou suas memórias e não mais se revelou diretamente.

Parte II - A Corrupção do Homem

Muito tempo se passou, e os humanos se multiplicaram. Mas eles pareciam ainda mais burros dessa vez. Para separar os bons dos maus aos olhos da grande Unicórnia, ela decidiu enviar criações suas que testassem os humanos. Ela criou unicórnios menos poderosos de várias cores e mandou-os. O Unicórnio Vermelho assumiu o nome de Alá, e foi para uma parte do mundo para ver quem seria capaz de trair a grande mestre UCRISSTO com falsos deuses. O Unicórnio Azul assumiu o nome de Javé, indo para outra parte do mundo testar mais humanos. Houve ainda muitos outros, e a maioria dos humanos ficava confusa e acabava desviando-se do caminho da Verdade, ficando mau aos olhos da UCRISSTO.
Nesse tempo, a grande UCRISSTO, com toda a sua grandiosidade e sabedoria, viu o futuro e preveu que seus enviados iriam prejudicar muito a humanidade. Decidiu que seria bobagem obrigar os humanos a gastarem seu tempo acreditando em deuses, mesmo que fosse na grande UCRISSTO, então, dali em diante, seria perdoado e recompensando aquele que fosse totalmente descrente. Da mesma forma, os que acreditassem nela mesmo assim, seriam igualmente perdoados e recompensados.

Parte III - O Plano da UCRISSTO para o Mundo

Observando que os humanos não sabiam aproveitar seu tempo, acabando por se voltar aos falsos deuses enviados para testá-los, a Unicórnia decidiu que deveria criar algo que fosse magnífico, uma forma suprema de conhecimento e iluminação. A Unicórnia criou a Ciência, e a ensinou a um homem. Infelizmente esse homem foi morto muito rápido pelos humanos corrompidos.
Mesmo assim, a Unicórnia sabia que um dia alguém se lembraria da Ciência, e a Ciência se espalharia pelo mundo inteiro, então não se preocupou.
Das alturas do Plano Supremo a Unicórnia observava a todos os humanos, e notou que eles demorariam muito mais tempo para progredir dedicando suas vidas inteiras ao corrompimento. Mas ela deixou isso para os humanos resolverem. A grande Unicórnia estava tendo problemas com o espelho, pois ainda não tinha arranjado um meio de se ver. Além disso, tinha usado o gravador para anotações verbais, já que a agenda ainda não havia sido criada, mas a pilha estava no fim. Enquanto a Unicórnia resolvia esses problemas elevados e significativos, os humanos viviam suas vidas e lentamente progrediam na Terra, nos Mares, e usufruíam do magnífico Sol.
De todas as grandes e importantes anotações feitas no gravador pela grande Unicórnia, até hoje apenas uma é conhecida, descoberta através de uma visão por um homem no século XV, que na época não a compreendeu: "Criar o Céu e as plantas na semana que vem. Eu deveria ter feito isso antes, mas parece que ninguém notou".

Parte IV - A UCRISSTO Escolhe Seu Povo

A grande Unicórnia havia conseguido resolver seus problemas. Como depois foi revelado ao Profeta, ela havia criado novas pilhas para o gravador, e sabiamente preveniu-se criando também uma nova fita. Quanto ao espelho, a Unicórnia jogou tinta sobre sua cabeça, tinta rosa, que era sua cor preferida. Agora ela podia ver-se, e os outros também. Dessa forma, ela era agora a Unicórnia Rosa Sagrada Saltitante.
Podia então aproveitar o tempo dedicando-se a cuidar dos humanos. Eles pareciam precisar de uma mãozinha, mas não quis interferir entre os grandes povos. Quase todos eles haviam falhado, entregando-se aos falsos deuses que a UCRISSTO havia enviado. Mesmo os unicórnios coloridos, estando disfarçados com outros nomes, sendo absurdos e auto-contraditórios, ainda assim levavam milhares a os cultuarem cegamente, ignorando os horrores e indo pelo caminho errado.
A Unicórnia Rosa Sagrada Saltitante decidiu então que se revelaria a um povo que vivia isolado, sem contato com os demais. Dentre eles, escolheria um profeta que o ajudaria, e então criaria o seu reino, fazendo os humanos viverem de maneira correta e justa. Aqui começa a história do Povo da Unicórnia, todos os seus grandes feitos e acontecimentos que nunca deverão ser esquecidos.

Parte V - O Chamado da Profeta Linie

A poderosa Unicórnia escolheu dentre todos os povos do mundo um que ainda não havia sido corrompido. Eles viviam em uma ilha no Pacífico, mas ainda não eram organizados o bastante para prosperarem como civilização. Nesta ilha havia uma mulher, chamava-se Linie. Por sua retidão, benevolência e sabedoria, Linie foi a escolhida pela UCRISSTO para ser a Profeta.
Em um ensolarado dia de verão, Linie andava por entre as árvores da Floresta Natach. Naquela tarde, Linie viu uma luz rosa em meio ao verde da floresta. Não sabia de onde vinha, mas segui-a para descobrir. A luz foi se afastando, e Linie correu atrás dela. Subiu um morro e quando chegou ao topo, a luz parou. Linie chegou mais perto e observou o que parecia ser um cavalo, exceto pelo chifre na testa e pela coloração rosada. Era esse ser que emanava a luz rosa que ela via. Então, o ser olhou para Linie e disse: "Linie! Veja, eu sou a Unicórnia Saltitante, criadora de tudo o que você vê aqui em volta. Inclusive você mesma, esta ilha e as bolachas recheadas." Linie respondeu, surpresa: "Grande Unicórnia, o que são bolachas recheadas?" Respondeu a UCRISSTO: "Oh, me desculpe. Vocês ainda não conhecem. São coisas do Plano Supremo, minha querida. Talvez um dia você venha a conhecer. Minhas preferidas são as de morango. Humm..." Linie não entendia o que estava acontecendo, mas disse: "Unicórnia, o que queres de mim?" E a Unicórnia Rosa respondeu: "Eu escolhi você para ser minha Profeta. Você guiará este povo, o mais reto de toda a Terra, pelos caminhos que eu escolher, espalhando minha palavra entre os humanos, e ensinando todos a viverem pelo bem." Dizendo isso, a Unicórnia desapareceu, deixando Linie sozinha.
Linie pensou muito sobre o que havia acontecido naquele dia, e decidiu que seguiria a grande Unicórnia. Na presença dela, ela sentira-se aquecida, reconfortada e maravilhosamente bem. Dentro da sua mente, ela podia sentir que ela era um ser superior, que só queria fazer bem a ela. A partir desse momento, Linie dedicou toda a sua vida para servir a UCRISSTO.

Parte VI - UCRISSTO Aparece ao Povo

Linie voltou para a pequena aldeia onde morava. Contou às pessoas sobre o encontro com a Unicórnia, mas ninguém realmente acreditou. A UCRISSTO podia ver tudo isso do Plano Supremo. Resolveu então que mataria dois coelhos com uma cajadada só: se divertiria e convenceria a todos ao mesmo tempo.
Foi fantástico. A Unicórnia desceu reluzente dos céus, verticalmente, flutuando. Suas patas tocaram o chão e dela subiram muitos fogos luminosos de todas as cores, como fogos de artifício. Mas o povo que já vinha se aproximando correu de pavor, pois nunca havia visto tal coisa. Depois a Unicórnia se apoiou nas duas patas traseiras e por um momento ficou "em pé", sacudindo as patas dianteiras. Mas isso não foi tão bom, pois ela se desequilibrou e caiu de costas. Depois de se recuperar da queda e levantar, percebeu que o fogo colorido caíra e estava incendiando a vila. Apressou-se então a Unicórnia em magicamente trazer água para apagar o fogo. Terminado o espetáculo, ela percebeu que não tinha sido uma boa idéia. Estava com uma dor nas costas desgraçada e agora aquele povo tinha medo dela.
A UCRISSTO chamou pela Linie, que veio prontamente, meio surpresa com o que tinha acabado de presenciar. Disse a grande Unicórnia: "Linie, faça agora com que eles acreditem em mim, e em você como minha Profeta. Eu preciso voltar para me recuperar. Ai!" Dizendo isso, a Unicórnia novamente desapareceu.
Linie voltou para a vila e iniciou seu trabalho de ensinamentos. Enquanto isso, no Plano Supremo, a UCRISSTO ficou deitada por um bom tempo em sua cama de unicórnio, bebendo canja de galinha e dormindo bastante. Todos nós sabemos que isso cura quase qualquer coisa. Realmente, no passado eles adoravam galinhas. Dentro desse tempo, Linie já havia conseguido muitos humanos para serem o Povo da Unicórnia, e em breve seria toda a comunidade da ilha.

Parte VII - O Grande Dilúvio do Morango

E disse a UCRISSTO ao gravador: Façamos pois algo rosa e gostoso para beber, rosa como eu, a Unicórnia Cor de Rosa Invisível Saltitante Sagrada Totalitária e Onipotente, e gostoso como os biscoitos recheados de morango, chega de beber água aqui no Plano Supremo.
Assim a UCRISSTO criou o iogurte de morango, e transformou as águas do Plano Supremo em iogurte rosa.
A humanidade se degradava mais e mais, os unicórnios de outras cores, principalmente o azul, vinham conquistando cada vez mais as mentes dos humanos, os memes dos unicórnios que não eram memes rosas, faziam um grande mal a humanidade, que se tornava jactanciosa, e muito, muito má, sacrificando à YHWH animais vivos, e matando a todos que não serviam ao famigerado unicórnio azul. Eis que o clamor das cabras, bodes, pombos e outros animais sacrificados chegaram até o Plano Supremo, e a magnânima Unicórnia Cor de Rosa Invisível Sagrada Saltitante Totalitária e Onipotente se compadeceu de sua criação.
Decidiu pois a UCRISSTO destruir toda a vida na terra, mas aí ela se lembrou que era por causa dos animais que tudo seria destruído, então foi buscar ajuda no Gravador, disse o gravador a UCRISSTO: Façamos pois algo rosa e gostoso para beber. Aí, se lembrou a monócera de sua criação recente, e para salvar os animais, criou ela o iogurte de morango com polpa de fruta, em cada pedaço de polpa um animal se refugiaria enquanto o iogurte caísse do Plano Supremo.
Lembrou-se também a UCRISSTO do povo da ilha do pacifico, e transformou ela toda a ilha em um grande pedaço de polpa, de modo que Linie e todo seu povo seriam salvos enquanto a terra era banhada de iogurte de morango com polpa de fruta.
Abriu pois a Unicórnia Cor de Rosa invisível Sagrada Saltitante Totalitária e Onipotente o ralo do grande lago de iogurte de morango do Plano Superior, e deixou que caísse todo o iogurte, enquanto caia ela acrescentava os pedaços de morango, e aproveitava para comer uns pedacinhos também.
Toda a humanidade se espantou com aquele liquido rosa caindo dos céus, a humanidade ainda não conhecia o rosa, era infiel, pecaminosa e adoradora de falsos unicórnios, tudo que se achava de bom na terra estava agora no pacifico, a Profeta ainda não havia conseguido convencer o povo da santidade criadora da Unicórnia Cor de Rosa invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente, mas ela, a monócera santa sabia bem que esse dia chegaria, e se não chegasse ela dava um jeitinho. Os flocos de morango caíam a todo o momento, e, guiados pela sabedoria rosa animalesca, todos os seres que não adoravam os unicórnios que não eram rosas nem invisíveis seguravam firme nos grandes flocos, eis que começou a chuva rosa.
Por seis dias, seis horas e seis minutos caiu iogurte de morango com polpa de fruta do Plano Superior, e eis que toda a terra foi coberta pelo sagrado liquido, nos mais altos montes contemplou a UCRISSTO a criação do sorvete de morango, e o iogurte cobriu toda a superfície da terra, e todos os adoradores dos falsos unicórnios foram destruídos, bem, quase todos.
Por mais seis semanas, seis dias e seis horas a Unicórnia Cor de Rosa invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente bebeu de volta todo o iogurte, e por acidente comeu uns flocos habitados por animais, mas ela é a UCRISSTO e pode fazer essas coisas, e além do mais os animais iriam ir para o Plano Superior mais cedo ou mais tarde.
Bebeu a Unicórnia todo o iogurte de morango, e a terra se fez seca, comeu também ela do novo sorvete de morango, e ganhou algumas toneladas mais, criou então a UCRISSTO o Buraco Negro e os pontos de densidade infinita, o primeiro buraco negro dentro de seu próprio estômago, assim podia ela beber quanto morango quisesse, viu pois a Unicórnia Cor de Rosa invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente como a terra havia sido devastada, fez ela pois uma aliança com o que sobrou de tudo, prometendo que nunca mais destruiria tudo com iogurte, porque tinha dado uma dor de barriga terrível, e nem o buraco negro tinha conseguido livrar ela das calorias ingeridas, o que a obrigou a criar a primeira academia e o primeiro spa. Como sinal da aliança ela entregou aos homens as plantações de morango.
Houve tarde e manhã, e a UCRISSTO passou vários meses no spa, precisava emagrecer para se apresentar de novo ao povo do Unicórnio, Linie estava com problemas.

Parte VIII - O Livramento da Profeta

A UCRISSTO se olhou no espelho, viu a Unicórnia Cor de Rosa Invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente que estava "sarada", e pensou ela: Vou pastar pelo mundo. Quando deu uma olhada no Jornal do Plano Superior para acompanhar a previsão do tempo se espantou com a noticia de que Linie estava presa na ilha do pacifico, o povo tinha passado a adorar outro unicórnio, o unicórnio dourado, que se fazia aparecer como Deus Sol, e Linie, a Profeta, por ser fiel à sua monócera rosidade, havia sido presa por alertar os infiéis de sua idolatria.
Em todo a sua bondade a UCRISSTO decidiu algo: "Preciso tomar café". Assim a Unicórnia tomou o café da manhã, com bolacha recheada de morango e suco de morango com leite.
Como método de tortura, a santa inquisição do bode decidiu usar músicas terríveis e torturantes contra a Profeta, assim, todos os infiéis cantavam:

Ai mataram meu carneiro
Ai cortaram os quatro pé
Eu não quero saber de nada
Só quero meu carneiro em pé

Do alto do Plano Supremo a UCRISSTO ouviu Linie que clamava alto: Lá, lá, lá, lá, lá, não to ouvindo nada! Como tinha acabado de comer, a Sacrossanta Monócera Unicórnia castigou os adoradores do carneiro da maneira mais agradável, derrubou seu santo excremento róseo contra os infiéis, como ela não come pouco, e como o Plano Supremo é alto pra caramba, o Santo Excremento Róseo destruiu o cárcere de Linie, e assim a Profeta foi liberta, certo que ela precisou de um bom banho, mas... tá bom, ela precisou de cinco bons banhos, mas... tudo bem, tudo bem, ela tomou banho seis vezes, gastou um vidro de perfume, três de desodorante, e ainda ficou com um cheirinho de inhaca, mas gente, a UCRISSTO come muito mesmo, e ela não come perfume para... deixa pra lá. Como eu ia dizendo, a Profeta foi liberta, em sua alucinante fuga ela se viu no meio da floresta Natach, por milagre cor de rosa, Linie, a Profeta acabou parando no exato lugar onde tinha encontrado a Unicórnia Cor de Rosa Invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente pela primeira vez, lá, naquele lugar santo, sagrado, rosa, muitas lembranças vieram a sua cabeça, todas as lutas, as glórias, as dificuldades, o amor rosa de Sua Rosidade, inspirado por tudo isso, com todo esse sentimento de amor, e com um sentimento tão forte que saía de seu útero, ou de algum órgão perto dele, a Profeta se ajoelhou atrás de uma moita e defecou, feliz da vida.
A UCRISSTO lhe mandou um exemplar da Folha do Plano Supremo, o diário de noticias e fofocas do Plano Supremo, mas Linie ainda não sabia ler, não havia sido inventado a escrita na Ilha do Pacifico. Então, a Unicórnia mandou um exemplar da G-Horse Magazine, e Linie usou a pagina quíntupla de um potro brasileiro para se limpar, e não entendeu muita coisa.
Por algum tempo Linie ficou na Floresta Natach, sendo alimentada pela UCRISSTO, que todos os dias fazia cair do céu suco de morango e bolacha de morango recheada. Isso era bom, já que a Profeta sempre recebia as caixas com comida com sua cabeça, isso fazia com que ela dormisse por várias horas.
Disse a UCRISSTO à Linie, sua Profeta: Linie, tu és minha serva, a quem escolhi, eu sou contigo, não tenha mais medo das caixas de comida, eu não miro na sua cabeça não sua boba, quem manda você não saber se esconder, amanhã eu invento o pára-quedas, não será mais problema, prometo. Disse mais a Unicórnia Cor de Rosa invisível Sagrada Saltitante Totalitária Onipotente: É chegada a hora de me mostrar ao povo da Ilha do Pacifico, não posso mais permitir que adorem bodes e estrelas de quinta magnitude da classe espectral G, se fosse uma estrela Rosa ainda ia, mas amarela, não, eu não permito!
Enquanto a Unicórnia se preocupava com a Ilha do Pacifico, do outro lado do mundo, um jovem muito esperto chamado Paulo sofria um grave acidente, e começara a disseminar um novo tipo de enganação.

Parte IX - O (ou a ?!?!?) Anti-UCRISSTO

No lugar onde é hoje o Oriente Médio, morava uma jovem mulher (sim, mulher, porque criança ela já não era há muito tempo) chamada Maria, como dizia sua tia Maricota, Maria, bem, Maria, é que, Maria, sabe como é gente, a tia Maricota falava, que, falava que Maria... tá certo, Maria dava pra todo mundo. Pronto, falei. Como já ia ficando velha, e se continuasse naquele rítmo ela só ia servir para personagem de bordel de Jorge Amado, decidiram casar a infeliz, que não gostava nenhum pouco de idéia de ter um só homem, ela queria ser como Dona Flor, só que com "dois" elevado algumas vezes a ele mesmo. Um também jovem, só que feio, gordo e meio tapado carpinteiro chamado José decidiu encarar o desafio, se bem que ele era novo na cidade e não conhecia a fama da moça.
O noivado foi uma festa, todo mundo tomou porre de vinho, José, coitado, tava feliz da vida com sua noiva, que não tirava os olhos do novo empregado da carpintaria de José, um capixaba que todo mundo chamava de Espírito Santo, rapaz novo, dos seus 18 anos, bem afeiçoado, e tido como "o garanhão" da carpintaria, acho que os dois se engraçaram lá na festa mesmo. Passaram cinco meses, quando não dava mais pra esconder o bucho, Maria chegou pra José que trabalhava alegremente, rindo à toa com a proximidade do casamento...
- Zé, more, gatinho...
- Que foi muié?
- Sabe Zé, nóis vai te um fio!
- Hã? Como?
- Ué, eu vou pari um lindo bebe!
- Mais Maria, moreco, eu nunca, nunca, se sabe que nóis nunca...
- Ai seu bobo, claro que nóis nunca furunfamo, mais não é ocê que ié u pai, eu to buchuda é do Espírito Santo!
Ouvindo isso, o chifrudo do carpinteiro (digo, o bom carpinteiro) se ajoelhou no chão e deu graças ao Unicórnio Azul pela graça alcançada. Para o infeliz do corno, a mulher tava grávida era de YHWH, se bem que não sendo ele o pai, o chifre crescia do mesmo jeito, mas tem pai que é cego, e assim ele passou a adorar Maria, que jurava pra ele que era virgem e que tinha sido um bezouro o instrumento usado para engravidá-la.
Como tem pai que é cego mesmo, nasceu o menino. Todos comentavam que o garoto era meio moreninho, de cabelo enrolado, diferente de José, que era loiro, de olho azul, mas, mesmo assim alheio aos comentários dos vizinhos, da cidade toda na verdade, ele registrou o moleque em seu nome, com o nome de Jesus.
Pouco se pode falar da infância do moleque, sabe-se que ele não gostava muito dos carrinhos que seu pai fazia na carpintaria, mas adorava dar papinha para as bonecas das primas. Uma vez eles foram para o templo de Jerusalém e João, um primo mais velho também foi. Os meninos sumiram por uns tempos e quando foram encontrados, Jesus estava sentado numa almofada, com uma cara de satisfação estranha, e João logo atrás dele num banco, com os doutores do templo ao redor. Depois disso, Jesus e João não mais se separaram, tinham a mania de brincar trancados no quarto, e brincavam umas brincadeiras de luta, gemiam muito. Maria e José se preocupavam, mas eles também faziam essas brincadeiras com os Sacerdotes sempre que iam ao templo, logo, acharam natural.
O menino cresceu, ele nunca tinha namorado, de modo que todo mundo desconfiava da masculinidade do rapaz, e fazia uns dois anos que João tinha sumido pro deserto cercado de uns homens que ele tinha conhecido na sauna da cidade. Um belo dia, Jesus acordou cantarolando, feliz da vida, foi até a carpintaria, onde seu já velho pai trabalhava duro, com um sorriso incomum nos olhos, Jesus disse a seu pai:
- Papiiiii, eu sou gay!
Ouvindo isso, José caiu mortinho da Silva no chão.
Maria, desconsolada com a morte do corno, passou a, bem, ela continuou dando pra todo mundo, e Jesus foi seguir os passos do primo, se juntou a um bando de macho e saiu pelo mundo, dizem que ele fumava tanta maconha que chegou a se afirmar Filho de YHWH, e acabou se tornando o primeiro mártir da causa gay do mundo, morrendo crucificado por ter comido o filho do governador da Judéia, Poncio Pilatos, mas todo mundo sabia que o "Pilatinho" mandou crucificar o "Jusa" por causa do ciúme doentio que sentia pelo rapaz, ele queria o Cristo só pra ele, e não aceitou dividir com o seu próprio filho, Maria era tão puta, mas tão safada mesmo, que na hora que o infeliz do Jesus tava morrendo na cruz, acabou ficando com o bofe do rapaz, por isso dizem que ela ficou com o discípulo amado.
Antes de morrer na cruz, Jesus Cristo tinha fumado um, tava doidão mesmo, por isso não ligou muito para o fato de seu bofe ter ficado com sua mãe, num momento de glória, quando sentiu o cravo entrando nele, deu um grito, não sei se estava se lembrando de José, seu pai de criação, muitos dizem que era do Espírito Santo, o importante é que ele disse: "Papiiii, em tuas mãos eu entrego meu espírito, ui, morri mona!", e morreu o desgraçado.
O unicórnio azul estava por perto e ouviu tudo isso. Depois de muito tempo no plano superior, a UCRISSTO, ouvindo o gravador se lembrou de que deveria ter profetizado contra seu inimigo mortal, um tal de Anti-UCRISSTO, um famigerado avatar do unicórnio azul, meio homem, meio cervo, que seria usado por YHWH para espalhar o mal pela Terra.

Igreja Mundial do Grande Abacaxi Carismático

Em 1956, na cidade de Berimbau do Oeste, sul do Rio Grande do Norte, um grupo de pequenos agricultores castigados pela seca fizeram uma série de novenas a Padre Cícero implorando para que chovesse na região. Como o Padim parecia não atender aos apelos do humilde povo berimbaurense, muitos desisitiram, menos um casal de lavradores. Robespierre Arruda da Conceição e Virgulina Capitolina Arruda da Conceição. Donos de uma fé inabalável, este casal rogou aos céus que mandassem um sinal divino. Dois dias depois, quando iam ao açude buscar um pouco de água para aplacar a sede que os consumia, os dois encontraram o Grande Abacaxi que brotara na curva da estrada. Maravilhados com a descoberta, viram na incomensurável fruta a mão de Deus.

Levado para a igreja da cidade, logo o Grande Abacaxi começou a realizar milagres. Choveu durante 3 meses na região, alagando ruas, transformando Berimbau do Oeste na "Veneza da Caatinga". Mulheres solteiras, que nunca haviam estado com homens, começaram a engravidar e o fenômeno foi atribuído aos poderes do Grande Abacaxi. Seu suco, abundante realizou curas espantosas, sobretudo no campo da virilidade masculina.

Com o passar dos anos, a adoração ao Grande Abacaxi cresceu espantosamente, chegando aos cinco continentes. Milhões de adeptos em todo o mundo celebram cultos em templos erguidos em sua honra. Atualmente o Abacaxismo Carismático é a religião que mais cresce no planeta. Teólogos acreditam que até o ano de 2050 a Revelação Hortifrutigranjeira atingirá o coração de todos os infiéis.

Os Manuscritos de Alexandria

No ano de 1967, na cidade de Alexandria no Egito, um grupo de arqueólogos chefiados pelo ilustre Doutor Eric Von Buffer, Diretor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Surbier, nos Países Baixos, escavava na região onde acreditava-se ter sido construído o célebre Farol de Alexandria, uma das 7 Maravilhas do Mundo, famoso por abrigar a maior biblioteca da antigüidade. A expedição de Von Buffer teria sido um fracasso não fosse um único detalhe: Os arqueólogos acharam um pequeno baú de madeira em avançado estado de decomposição. Dentro dele haviam fragmentos de um papiro escrito em grego antigo. Pesquisadores estudaram o documento e ficaram assombrados com a descoberta: o papiro continha textos que seriam uma parte da Gênese e de Levítico, dois livros do Antigo Testamento. Testes de Carbono 14 comprovaram que o papiro datava de aproximadamente 200 A. C., o que o tornava a cópia de um texto sagrado judaico-cristão mais antigo da humanidade. A Descoberta ficou conhecida nos meios científicos como os "Manuscritos de Alexandria".

Os textos estão escritos de modo corrido, comumente batizados de lógions. Sua divisão é diferente, portanto dos textos canônicos, divididos em capítulos e versículos. Porém, o que importa é que o Manuscritos de Alexandria trazem referências ao Grande Abacaxi Carismático. Tal fato foi ocultado por uma conspiração da Igreja em conjunto com os cientistas temendo as conseqüências que tal revelação provocaria na humanidade, abalando os pilares do poder da religiões institucionalizadas e a arrogância dos meios científicos.

Vejam a parte referente a tentação de Eva e sobre o fruto proibido: "Deus disse aos seus dois filhos. Da árvore do centro não comereis, pois morrerão, mas da GRANDE FRUTO AMARELO COM COROA VERDE, deste poderás comer. Ele é o fruto da inocência, da submissão a mim que sou seu pai".

Um outro fragmento, do livro de levíticos, quando Deus enumera os animais que podem ser comidos ou evitados pelo povo hebreu faz também referencia as frutas que devem ser comidas ou não: "Frutos com caroços redondos e que caibam na palma de suas mãos, destes não comereis. Dos frutos que tem caldo, destes certamente comereis. Daí atenção especial AO FRUTO DE DOURADO DE PELE RUGOSA COROADO. Deste poderás comer, quem come deste fruto aplacar minha ira, purifica sua alma, prova seu temor a mim que sou seu único Deus .Nada devem estes temer".

Para finalizar e mostrar que não pairem dúvidas a respeito da legitimidade do Grande Abacaxi Carismático, um trecho de um diálogo de Deus e Moisés quando do recebimento das tábuas dos Dez mandamentos: "Disse Deus: Moisés, você é um escolhido. Outros virão na figura de homens ou não porque eu sou seu Deus e nada é impossível para mim. O escolhido um dia BROTARÁ DO SEIO TERRA DIANTE DOS HUMILDES E SOFREDORES, VESTIDO DE OURO, PORTANDO UMA COROA DA COR DAS MATAS. Este virá redimir a humanidade, livra-la do pecado, por em ordem o que em desordem estará".

Postulados Básicos da IMGAC

O Grande Abacaxi é o Consolador Prometido.

Todo fiel deve crer na Infalibilidade do Grande Abacaxi.

Só o Grande Abacaxi Salva.

O Suco de Abacaxi tem poder.

O Patriarca Robespierre Arruda da Conceição é o legitimo representante do Grande Abacaxi entre a raça humana.

10 % da renda dos fiéis (tarifa básica livre de impostos) será recolhida para a consagração da obra do Grande Abacaxi na Terra.

Todo crente no Abacaxi Carismático deve ao menos uma vez ao ano fazer uma peregrinação Cidade Sagrada de Berimbau do Oeste para visitar o Grande Abacaxi.

Todo abacaxista deve pregar a verdade libertadora do Grande Abacaxi Carismático aos descrentes.

O Patriarca

Robespierre Arruda da Conceição é o Patriarca de Igreja Mundial do Grande Abacaxi Carismático. Cabe ao patriarca velar pela segurança e bem estar do Grande Abacaxi. Robespierre, homem de fé, aceitou com humildade a tarefa divina. Hoje ele administra de forma voluntária e sem qualquer interesse os bens da IMGAC que compõem-se de uma fabrica de sucos, uma agência de turismo, uma rádio FM, uma editora, uma gravadora e alguns poucos imóveis. Robespierre é zeloso de sua missão, tanto que já nomeou pessoas da mais ilibada honestidade para substitui-lo quando o Altíssimo o chamar para perto de si. Após a sua morte, assumirá o cargo de Patriarca sua esposa Virgulina Capitolina Arruda da Conceição, que neste caso, tornar-se-á a primeira Matriarca da IMGAC. Por segurança, o prefeito da progressiva cidade de Berimbau do Oeste, Senhor Arivailson Henrique de Arruda da Conceição, por coincidência filho do Patriarca Robespierre, assumira a dolorosa missão a falta da senhora Virgulina, para que a o Grande Abacaxi possa cumprir seus desígnios na santa paz do Senhor. Amém!

Templo Mundial

As humildes instalações do Templo Mundial da IMGAC, situam-se na Cidade de Berimbau do Oeste-RN no Brasil Construído com a doação de fiéis de todo o planeta, o templo tem a assinatura do renomado arquiteto Oswaldino das Mercês Arruda da Conceição, sobrinho da futura matriarca Virgulina Capitolina Arruda da Conceição. Nele, em uma câmara hermeticamente blindada, repousa o sobre um altar o Grande Abacaxi Carismático. O Templo está dotado de toda infra-estrutura para receber confortavelmente nossos irmãos abacaxistas. A construção de estilo simples e despojado abriga um salão de convenções, um hotel, lojas de lembrancinhas, 3 restaurantes e uma fonte onde os crentes no poder de cura do Grande Abacaxi Carismático podem comprar o legítimo suco de abacaxi sagrado a 50 dólares a garrafa pet de 2 litros. Lembramos que a cobrança pela seiva divina se faz necessária para que seja mantida toda esta estrutura e para que o Grande Abacaxi Carismático seja cercado de segurança e conforto para prosseguir sua árdua missão.

Igreja de Subgenius

ARREPENDA-SE!! LARGUE SEU EMPREGO! DESENCANE!!!!

O Mundo Acaba Amanhã e VOCÊ PODE MORRER!

Bem, não, provavelmente não... mas faça o que fizer , continue lendo!

SOMOS CONTROLADOS POR FORÇAS ESTRANHAS?

ESTÃO OS MONSTROS ESPACIAIS NOS TRAZENDO UM MUNDO TOTALMENTE NOVO?

AS OUTRAS PESSOAS ACHAM QUE VOCÊ É ESTRANHO?
VOCÊ TAMBÉM ACHA??

... ENTÃO VOCÊ PODE ESTAR NO CAMINHO CERTO!

"Os Não-Predestinados" não estão sozinhos e possuem incríveis poderes!

Você É Anormal?

Se você é o que eles chamam de "diferente" --
Se você pensa que nós estamos entrando em uma nova Idade das Trevas --
Se você vê o universo como um morbido senso de humor --
Se você está procurando uma religião inerentemente contraditória que desculpará a mais superior degeneração e ainda lhe dirá que você está "acima" dos outros --
Se você suspeita que as coisas são muito piores do que você nunca suspeitou.
Se você pode nos ajudar com uma doação --

Então a Igreja dos SubGenius pode salvar sua sanidade!

"Você vai PAGAR para saber o que REALMENTE pensa." --Dobbs 1961

SENTINDO-SE COMO SE SIMPLESMENTE NÃO TIVESSE SLACK?
Você pode ter sido pego pela doença da Informação! ("O sono da razão produz monstros.")
A Igreja dos SubGenius reconhece a programação!
Procure os Altos Não-Predestinados da Igreja dos Subgenius para uma desprogramação pancultural e resincronização!

Aprimore sua Visão Subliminar -- edite sua memória -- alivie sua reincarnalidade! ENTRE EM SINCRONIA!

Nós conhecemos o verdadeiro programa de CONTROLE DO TEMPO que tem ajudado milhares a não mais temer O LOUCO PUNHO DA EXTIRPAÇÃO.

Torne-se FISICAMENTE ATRAENTE -- do dia para a noite!

Agora você também pode conversar com benevolentes alienígenas pelo Contato dos X-ist. Aprenda a Consertar tudo, Curar o Corpo, Kung-Fun, Técnicas de Frenesi, Excremeditação, os Fundamentos da Sobrevivência e do CONTROLE DO TEMPO. Avalie os assim chamados "acidentes" e "coincidências" no seu cotidiano. Execute longos e complicados rituais de iniciação e rituais de Comunicação. Acomode-se nessa Igreja, onde você será isolado, lhe será dada uma nova dieta, um novo conjunto de hábitos e uma aparência e etiqueta modificada. O novo vácuo em sua vida será preenchido com correta informação e experiências rituais subconscientemente implantadas. Siga sua IDIOTICE e sua COMPULSÃO e torne-se rico como nós. Explore o "Zen" da estupidez! Siga a direção crônica da procrastinação em uma paranóia salvadora e precise analiticamente o SEU DESPERDÍCIO

Descubra quem pode ser seu Salvador Pessoal e quem são os falsos Profetas na sua vida!

SIM, VOCÊ PODE SER UM DOS SUBGENIUS, MESTRE DA ESTRIPULIA!
Conheça Nossa Saudação Secreta!

Usando os segredos dos Subgenius de BULLDADA e MOREALISMO você pode agora MIRACULOSAMENTE ELIMINAR IMPULSOS COMPULSIVOS como fumar, falta de animo, gula, insonia, inabilidade de usar drogas, constipação, idade, problemas com sexo e dinheiro, covardia, doenças, depressão, vontade de trabalhar e a dolorosa falta de SLACK

Esta é uma religião certificada de desdenho e vingança contra ELES, os Nossos Inimigos Exteriores. Nos temos auto-ajuda, , blasfemia, sexo rápido, meias verdades e mentiras inteiras. A Igreja prove respostas e milagres no serviço de SUREAVOLUÇÃO.
"Ignorem o homem atrás da cortina" -- Oz
A Igreja de Subgenius é a ordem secreta definitiva, o culto superior ao cérebro para aqueles que "Sabem mais do que os outros" mas que também exigem LUXÙRIA E SARCASMO. Temos o mais espetacular sistema de crenças -- a 'torpostição'

Esta religião, projetada por precisas fórmulas matemáticas, mais estranha do que os mais obscuros cultos de Discos Voadores e/ou da Atlantida, é inviolavel para todos os renegados superiores, a toda hora, estão beirando a margem da insanidade e que só poderão se encontrar se desenvolverem o sétimo sentido do HUMOR NEGRO.

A Igreja de Subgenius é a PAN-RELIGIÃO do FUTURO, e se rebela contra as religiões da "NOVA ERA" e de "AQUÁRIO" que nem fedem nem cheiram. Tais pessoas são tolas, elas não amaldiçoam, elas não entendem a necessidade espiritual da violência na moderna sociedade pré-espacial.

Os SubGenius definitivamente não querem fazer parte da "NOVA ERA" que obviamente já chegou, e obviamente é uma merda. Os SubGenius preferem ao invés disso VOLTAR ao Passado, antes de 1971 ou até 1953, ou então pular para um FUTURO REMOTO, uma época estranha onde qualquer coisa feita de plástico será uma relíquia antiga que os colecionadores matariam para por a mão e quando SEXO DOLOROSO for reconhecido como uma necessidade humana não importando a que igreja ou governo isso pertença. Mas este tipo de sonho é EFEMERO!

Os SubGenius sabem que JEHOVAH 1 é um VINGATIVO DEUS DA ÍRA! JEHOVAH 1 - a.k.a. YAHWEH - é um louco extraterrestre cheio de olhos. Ele vem com nuvem de perversão, ele tem adiado o destino que ele mesmo GRAVOU NA PROGRAMAÇÃO GENETICA e DEMANDA OBEDIENCIA ao seu primitivo senso de humor. Ele tem nos negado SLACK e está nos fazendo regredir ao estágio de Homo Connectus (O Primeiro Homem Completo), simplesmente nos fazendo seguir o código da sobrevivência financeira e do luxo que contaminou nossos próprios cérebros nos condenando ao INEVITAVEL PUNHO DA EXTIRPAÇÃO.

Tudo o que fazemos, temos feito ou iremos fazer, desde a rotina diária de nosso empregos até o nível micro-atomico causal das ocorrências e colisões dos elétrons de nossos corpos são registrados no grande PLACAR, a cósmica rede de informações da causa e efeito, o ARQUIVO mutamórfico movimenta e da forma a cada gota de sangue, de esperma, a cada morcego vampiro, estrela do cinema, gorgossauros e "toda molécula de óleo em todo punhado de areia de cada praia no mundo." Não, "VOCÊ NÃO PODE MUDAR O PLACAR." Mas JEHOVAH 1 pode... ma com um machado este PROGRAMA DO DESTINO FINAL confronta nosso geneticamente-codificado SENSO DE SLACK e comanda nossa cabeça para baixo, para a quase esquizofrenia e depois para a esquerda e para a direita, o que cria em nós as sub-identidades NENTA IVES. Clones nossos no mundo espiritual que podem maliciosamente influenciar nosso comportamento neste plano material.

Sim - JEHOVAH 1 nos tempos primaverais equipou com FREIOS FALHOS de forma que hoje não podemos parar nosso irmão maligno de superar nossa "boa natureza", e além disso , nós não podemos nem ao menos dizer qual a diferença entre eles! Nossos Freios são o que nos impede de cometer QUALQUE COISA QUE PODEMOS IMAGINAR EM NOSSOS SONHOS MAIS LOUCOS, como arrancar a cabeça de crianças barulhentas e dá-las aos... bem... todos nós, mesmos os não Subgenius estão divididos entre o Médico e o Monstro, e somos obrigados a conviver com polaridades opostas em nossa personalidade.

Em resposta a esta psicose que domina grande parte de nossas vidas, o EIXO DA SUPRESSÃO eleva sua feia cabeça e nos alerta com sua ofuscante presença sobre nosso comportamento-bomba. Nós agimos de forma completamente normal na maioria das vezes, mas quem pode dizer se é o lado, "bom", ou "mal" que está controlando o Animal em determinado momento? Agradeça a "Deus" por na maioria das vezes não estarmos cientes do Armageddon subconsciente que se expressa fisicamente em nossas paranóias, vontade humana de trabalhar, compulsões universanais, em nossa espiritualidade e nossos desregrados porem sutis poderes mentais - que na verdade não podem ser vistos como uma aura, mas sim como dois fantasmas que invisíveis permanecem em cada um de nossos lados. São as metades de nossa inteligência que geralmente não estão no controle do Animal. Estes são NETAL IFE que explodem da sua invisibilidade usual para estranhos fenômenos e manifestações quando nosso cenário mental está turbulento, como os lampejos de crises e repressões da adolescência.

A Energia acumulada do conflito com nossos clones espirituais é liberada pelos Subgenius através da DEGENERAÇÃO DA MORAL DAS CRIAS DE JEHOVAH e dos RITUAIS DE HILARIAÇÃO ( "Que eliminam o conflito entre os dois lados do cérebro), assim como pelo uso de nossos dogmas, leis e indulgências. Nós nos rebelamos contra o alienígena JEHOVAH - 1 e mesmo assim apaziguamos sua fúria ao mesmo tempo que ele nos ameaça com guerras nucleares, desastres econômicos e OVNI hostis. Se prestarmos atenção aos ARQUETIPOS UNIVERSAIS mistérios nunca antes respondidos seriam revelados sob nossos olhos e ainda encontraríamos o caminho do CONTROLE DO TEMPO para a ANTE-VIDA de onde viemos antes de nascer e para onde vamos quando morrermos onde o Slack é puro e total. Não cai naquela de Céu e Inferno como muitas pessoas fazem. Sirva Jehovah-1 como ele mando fazer; continue com seus PECADOS e FORNICAÇÃO; sua consciência é uma ilusão. Tudo o que existe é um mero CÓDIGO INSTINTIVO DE SOBREVIVÊNCIA, repressão é suicídio. Nunca se esqueça nem por um segundo que é o Deus Monstro que permite e exige isso, e que "A CIÊNCIA NÂO REMOVE O TERROR DOS DEUSES!". TEMA-O mas siga as indicações que ele lhe passa nos acidentes de sua vida, siga o CAMINHO DA NÃO RESISTÊNCIA e você estará salvo do sacrifício que Ele fará com todos os PINK BOYS ao seu redor, sua TOLICE E INGENUIDADE irão lhe mostrar onde está o Slack e você poderá relaxar e não sofrer um ataque cardíaco. JEHOVAH MATARÁ aqueles que seguem suas vidas sem saber quem ele é, mas RECOMPENSARÁ aqueles que reconhecerem seu LOUCO PUNHO e que carregarem consigo as SEMENTES DA IMORALIDADE e TIRAREM UMA FOLGA SEMPRE QUE TIVEREM A CHANCE.

A MENSAGEM ESPECIAL DE JEHOVAH para os Subgenius é que ESTE GROSSEIRO PLANO FÍSICO NÃO EXISTE e que a compulsão pelo sucesso na visão dos outros é a mais IDIOTA das invenções humanas

NÓS SUBGENIUS SOMOS A RAÇA PÓS-HUMANA, e somos dedicados a: salvar a vida deste mundo de sua eminente destruição, restabelecer a inteligência, buscar Slack, livrar o planeta dos Falsos Profetas, Exaltar a coragem pelo medo do medo, receber inquestionáveis recompensas no Ante-Vida, fazer amigos extraterrestres, transformar-nos em OVERMAN, desmascarar a Conspiração, tomar as rédeas da evolução humana, controlar reprodução e mutação, decifrar "O Código", apaziguar o Louco Punho da Extirpação e suas conseqüências, atingir o Controle do Tempo, ver que Céu e Terra Passarão, tornarmos-nos deuses, encontrar a tesoura sem ponta perdida, adiar a Ruptura do Equilíbrio, garantir a prosperidade financeira para nós, nossa descendência e para Jehovah-1, o deus da Ira e reconhecermos-nos como verdadeiros representantes da Raça SubGenius na Terra

... E você ainda ganha um brinde surpresa!

VOCÊ PODE AGORA PARAR DE LER PARA SEMPRE!

Discordianismo

O PRINCIPIA DISCORDIA é o Manifesto Maior do Discordianismo: Leia para saber mais sobre que tipo de maniacos são os Discordianos e para entender menos sobre eles

Introducoes aO Principia Discordia ou Como Eu Encontrei a Deusa & O Que Eu Fiz Com Ela Quando A Encontrei
Onde estão escritas absolutamente todas as coisas que valem a pena saber sobre absolutamente qualquer coisa
Um garrafão de vinho,Uma perna de carneiroe Tu! Ao meu lado, Assobiando na escuridão. Não Vos Percais Entre Preceitos de Ordem...
- O Livro do Útero 1;5_________________________________________

Alguns trechos de uma entrevista de Malaclipse o Jovem por A GRANDE METROPOLITANA YORBALINDA HERALD-NOTÍCIAS-SUN-TRIBUNA-JORNAL-DISPACH-POST E O BOLETIMA DACABALA DA SOCIEDADE DISCORDIANA DE SÃO FRANCISCO E REPORTER INTERGALÁTICO &PAPA POPA.

GRANDE POPA: Você fala realmente sério, ou o quê?
MAL-2: Algumas vezes eu trato o humor seriamente. Algumas vezes eu trato a seriedade humorísticamente. De qualquer forma é irrelevante.
GP: Talvez você só seja maluco.
M2: Verdade! Mas não rejeite estes ensinamentos como falso só porque eu sou maluco.A razão pela qual eu sou maluco é porque eles são verdadeiros.
GP: Eris é de verdade?
M2: Tudo é verdadeiro.
GP: Mesmo as coisas falsas?
M2: Mesmo as coisas falsas são verdadeiras.
GP: Mas como pode ser?
M2: Eu não sei cara, não fui eu que fiz.
GP: Por quê você usa tanto as negativas?
M2: Para dissolve-las.
GP: Você poderia explicar isso melhor?
M2: Não.
GP: Há algum sentido especial por trás da POEE?
M2: Há uma história zen sobre um estudante que pediu a um Mestre que explicasse o significado do Budismo. A resposta do Mestre foi "Três libras de linho."
GP: Isso é a resposta a minha pergunta?
M2: Não, claro que não. Isso é só ilustrativo. A resposta para a suaperguna é CINCO TONELADAS DE LINHO![ ANIQUILAÇÃO SUSPENSA]_________________________________________

Sobre a Ontologia Discordiana

Sendo o Discordianismo uma área repleta de opiniões conflitantes sobre várias coisas, faz-se necessário que sejam recapitulados alguns dos conceitos das Escrituras da POEE, e que seja exposto como estes são entendidos pelo autor do presente texto, assim passemos as

Considerações prévias sobre o pensamento Discordiano

Antes de iniciarmos qualquer estudo sob os vários pontos de vista sugeridos pela Deusa, devemos lembrar a máxima orientadora dos buscadores, expressa no nome do Apóstolo: Todas as afirmações são verdadeiras em algum sentido, falsas em algum sentido, irrelevantes em algum sentido, verdadeiras e falsas em algum sentido, verdadeiras e irrelevantes em algum sentido, falsas e irrelevantes em algum sentido e verdadeiras e falsas e irrelevantes em algum sentido.
Lembrando que, enquanto em algum sentido esta máxima expressa a total negação do saber, não é o que procuramos ao realizar um estudo, sobre ontologia ou qualquer outra coisa, pois o ato de estudar enquanto se crê na negação do saber é uma atitude estúpida.
É claro que, em outro sentido, o que usaremos, a máxima acima afirma diz que para se conhecer alguma coisa, deve-se entende-la no sentido em que ela é verdadeira, no sentido em que é falsa, e no sentido em que ela é irrelevante, e que essa é a forma que mais se aproxima da verdadeira natureza das coisas. É aqui que se faz o rompimento com a razão clássica, que certamente afirma que só se deve conhecer as coisas no sentido verdadeiro das mesmas.
É claro que não se deve esquecer que o próprio fato de todas as coisas serem verdadeiras em algum sentido, falsas em algum sentido e irrelevantes em algum sentido é ele mesmo verdadeiro em algum sentido, falso em algum sentido e irrelevante em algum sentido.
Seguidores do Caracinza estarão aqui quase certos de isso então é a afirmação da negação do conhecimento, o que não é o que estou dizendo. Afirmo sim, que para se ter noção do que se diz, para se aproximar do conhecimento, deve se buscar compreender em qual sentido as coisas são verdadeiras, em qual sentido são falsas, e em qual sentido são irrelevantes.
Lembrando que qualquer conhecimento ou intuição sobre qualquer desses sentidos sobre qualquer coisa tem também sentidos verdadeiros, falsos e irrelevantes. Assim, a verdade é infinita para cada coisa que se deseja conhecer, mas pode-se conhecer sempre uma parte da mesma, e pode-se ir até um nível tão profundo quanto se julgar suficiente, em se havendo tempo para tanto.

Da Ontologia Discordiana

Assim, retomando as perguntas apresentadas sobre a existência, a Ontologia Discordiana consiste em estudar em qual sentido as perguntas apresentadas são verdaderias, em qual são Falsas, e em qual são irrelevantes, e depois, que se fassa o mesmo com cada resposta. Assim, poderemos ter noção da Natureza Múltipla da existência, com várias facetas, cada uma das quais todo ser humano em seu íntimo deve ter pensado ser "verdadeira", por breves períodos de tempo.

Cthulhuismo

O Nefasto Necronomicon: Prazer, Cthulhu!

1. O Grande Senhor Cthulhu é uma estidade extradimensional, na verdade um horror cósmico, que descansa sob as águas do Pacífico, esperando o dia no qual se erguerá e devorará toda a humanidade.

2. O Grande Senhor Cthulhu devorará por último seus seguidores mais fiéis.

3. O Grande Senhor Cthulhu devorará em primeiro lugar os infiéis.

4. Violência, assassinato em massa e genocídio são direitos exclusivos do Grande Senhor Cthulhu.

5. Atormentar e distorcer as frágeis mentes dos seres humanos são passatempos exclusivos do Grande Senhor Cthulhu.

6. O infiel que comparar o Grande Senhor Cthulhu a uma lula gigante irá para o início da Grande Fila da Devoração.

7. O Grande Senhr Cthulhu visita os humanos através de sonhos, com certa regularidade.

8. Humanos que usarem com freqüência artifícios para não dormir, como café, barbitúricos e anfetaminas, irão par ao início da Grande Fila da Devoração.

9. R'Lyeh é a morada do Grande Senhor Cthulhu.

10. Aquele que tentar chegar a R'Lyeh, será imediatamente retirado da Grande Fila da Devoração.

11. Aquele que tentar chegar a R'Lyeh e não conseguir, irá para o início da Grande Fila da Devoração.

12. Aquele que chegar a R'Lyeh será imediatamente devorado.

13. Aquele que propagar com ardor a palavra do Grande Senhor Cthulhu irá para o final da Grande Fila da Devoração.

Dito e feito,
IÃ IÃ! CTHULHU FHTAGN!